Com 33 votos a 16, vereadores aceitaram proposta, que aumenta alíquota de contribuição dos funcionários públicos de 11% para 14%
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na madrugada deste sábado, 22, em primeiro turno, a reforma da Previdência dos servidores municipais. Com 33 votos favoráveis e 16 contrários, os vereadores aceitaram a proposta do Executivo, que prevê aumento da alíquota de contribuição dos funcionários públicos de 11% para 14% e a criação de um sistema de previdência complementar para novos trabalhadores com remuneração superior a R$ 5,6 mil. Na prática, esses funcionários teriam um teto de aposentadoria similar ao que existe no sistema privado.
O texto avaliado pelo legislativo, porém, não é o mesmo que vinha sendo discutido desde o início do ano. De última hora, a gestão Bruno Covas (PSDB) enviou um substitutivo com duas alterações principais, o que fez com que a proposta precisasse passar novamente pelas comissões temáticas, o que ocorreu perto das 22 horas. O projeto foi discutido em plenário e, depois, votado.
O projeto ainda terá de passar por segunda votação, prevista para acontecer no próximo dia 26.
Bate-boca
A audiência pública prévia à votação da reforma da Previdência dos servidores municipais, realizada na tarde desta sexta, na Câmara Municipal de São Paulo, foi marcada por bate-boca e empurrões entre vereadores.
Por volta das 15h30, logo após o início do evento, Samia Bonfim (PSOL) e Janaína Lima (Novo) trocaram ofensas na Mesa da Casa. Uma hora depois, durante a fala de Samia, Fernando Holiday (DEM) subiu ao púlpito para interromper a colega, dizendo que o tempo dela já havia acabado. Toninho Vespoli, também do PSOL, reagiu para defender a colega e os dois trocaram empurrões.
Manifestantes que protestavam do lado de fora da Câmara entraram no plenário e os guardas-civis metropolitanos, que faziam a segurança do local, tentaram retirá-las. Um homem chegou a ser carregado para fora da Casa. O vereador Eduardo Suplicy (PT) se abraçou a uma manifestante que também era retirada, impedindo sua saída. Com a confusão, a sessão chegou a ser suspensa.
Vereadores da oposição ao prefeito Bruno Covas (PSDB) chegaram a brigar com os membros da GCM. O vereador Antonio Donato (PT) trocou empurrões com um guarda-civil. Alguns guardas filmaram a confusão com celulares. O presidente da Casa, Milton Leite (DEM) também foi alvo de protestos, com vereadores gritando e apontando o dedo contra ele. Na galeria, manifestantes gritavam "Fora Milton Leite".
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