O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e o líder da Catalunha, Quim Torra, concordaram, nesta quinta-feira, 20, em encontrar uma solução para a crise política que vigora no país desde a tentativa frustrada de secessão catalã no ano passado.
Após conversas em Barcelona, os líderes emitiram um comunicado conjunto pedindo diálogo. O texto diz que o governo central e o regional reconhecem que há um conflito em torno do futuro da Catalunha, mas acrescenta que "apesar das notáveis diferenças de origem, natureza e formas de resolução, eles compartilham, acima de tudo, o compromisso de efetivo diálogo, que está ligado à proposta política que tem o apoio de parte da sociedade catalã".
"Nós todos devemos começar um novo capítulo, um capítulo em que o confronto se transforme em concordância", disse Sánchez. "Os dois governos compartilham a ideia de encontrar uma solução democrática", acrescentou Torra. Sánchez e Torra ainda concordaram que membros de seus governos se encontrem em janeiro.
Apesar da boa vontade de dialogar mostrada pelos dois lados, ninguém esconde quão distantes eles estão de algum acordo para resolver a pior crise política na Espanha em quase três décadas.
A porta-voz do governo catalão, Elsa Artadi, disse, depois do encontro, que Torra continua achando que um referendo legal sobre a independência é a solução para questão.
O ministro de Assuntos Territoriais da Espanha, Meritxell Batet, por outro lado, disse que o governo ainda avalia o referendo como inconstitucional. "Estamos convencidos de que nós podemos continuar na direção de uma solução política dentro da Constituição", disse Batet. "A crise que estamos enfrentando não será solucionada rapidamente."
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