Política Titulo Operação Trato Feito
PT vai protocolar impeachment de Atila

Diretório aprova resolução para pedir, na Câmara de Mauá, solicitação de cassação do prefeito

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
20/12/2018 | 07:03
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Divulgação


O diretório do PT em Mauá vai protocolar pedido de impeachment contra o prefeito Atila Jacomussi (PSB), preso desde a semana passada, acusado pela PF (Polícia Federal) de desviar dinheiro de contratos da administração para pagar Mensalinho a vereadores.

Em reunião ontem à noite – com participação até do deputado federal eleito Alexandre Padilha (PT) –, a legenda aprovou resolução para apresentar ao presidente da Casa, Admir Jacomussi (PRP), solicitação para cassar o chefe do Executivo. A agremiação convidará outras siglas, sindicatos e entidades para reunião no Sindicato dos Petroleiros hoje, às 19h, com objetivo de rubricar a peça em conjunto.

Na primeira vez em que Atila foi preso, em maio, no âmbito da Operação Prato Feito, dois pedidos de impeachment foram apresentados, um deles assinado pelo diretório petista – o outro foi feito pela Rede Sustentabilidade. Ambos foram derrubados por 21 votos a um e o resultado das duas votações balizou a PF na Operação Trato Feito, desdobramento da Prato Feito.

Isso porque, para a polícia, o fato de apenas o vereador Marcelo Oliveira (PT) ter defendido a cassação comprovou que Atila mantinha esquema de pagamento de propina aos parlamentares. Outro fato é que o nome deles estava presente em um caderno de anotações do ex-secretário de Governo João Gaspar (PCdoB), também preso.

Nos bastidores da Câmara, o comentário mais forte é o de que, se houver pedido de impeachment, o Parlamento aprovará, até em busca de escapar de qualquer ação mais forte da PF.

Presidente do PT mauaense, Getúlio Júnior, o Juninho, disse que a expectativa, desta vez, é positiva pela aprovação do impedimento. “Entendemos que o Atila não reúne condição alguma de governar. Desta vez acredito que os vereadores vão cumprir o papel de fiscalizar. Prefeito foi afastado duas vezes, preso por corrupção. Nenhum cidadão acredita que o vereador vai votar contrário ao impeachment.”.

A defesa de Atila ingressou com pedidos de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no STF (Supremo Tribunal Federal). Até ontem, porém, os ministros Rogerio Schietti Cruz, do STJ, e Gilmar Mendes, do STF, não haviam analisado as solicitações. E ontem o Judiciário entrou em recesso, frustrando planos dos advogados do socialista. Atila está detido no presídio em Tremembé, no Interior.
 




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