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Testamos: Samsung HMD Odyssey é um competente óculos de realidade virtual por R$ 3.500
Leo Alves
Do 33Giga
11/12/2018 | 08:48
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Os óculos de realidade virtual são apontados como a alternativa mais viável na busca por uma experiência mais imersiva nos jogos. A ideia, porém, não é tão nova assim. A Nintendo fez uma tentativa nos anos 1990, com o Virtual Boy. O fracasso foi tão grande que a empresa tenta esquecê-lo até hoje, já que era uma traquitana gigantesca com um visor que deixava tudo vermelho.

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Com o avanço da tecnologia, o vexame do Virtual Boy foi, aos poucos, superado. Nos últimos anos, diversas empresas passaram a investir em realidade virtual. A Samsung é uma delas, e oferece no Brasil o HMD Odyssey, seu dispositivo para o uso desta tecnologia. Ele é compatível com o Windows Mixed Reality, podendo ser utilizado em computadores que utilizam o sistema da Microsoft.

Para conhecer melhor o acessório, o 33Giga testou o aparelho durante alguns dias. E, de maneira geral, a experiência oferecida pelo dispositivo agradou quem o utilizou.

Óculos de realidade virtual: aparência e instalação

O Samsung HMD Odyssey não chega a ser um Virtual Boy, mas também não é nada pequeno. Ao colocá-lo na cabeça, a primeira impressão é que ele é um acessório meio desengonçado. A sensação estranha passa conforme o corpo se acostuma com o dispositivo e nem mesmo o peso atrapalha o uso.

Ao ligá-lo no notebook, o sistema reconheceu imediatamente os óculos, além de fazer um check-list para saber se o hardware da máquina era compatível. Porém, as primeiras tentativas de uso não deram certo. Tudo porque havia uma atualização pendente do Windows 10 e que impedia o funcionamento do acessório.

Raio-X

Nome: Samsung HMD Odyssey

Plataforma: Windows Mixed Reality

Tela: Dual 3,5 polegadas AMOLED

Interface: HDMI2.0 + USB 3.0 Interface Bounded Cable (4M de extensão)

Lente: Single Fresnel

Campo de visão: 110º

Distância Interpupilar: 60 – 72mm

Dimensões (LxCxA em cm): 20,2 x 13,1 x 11,1

Peso: aproximadamente 625 gramas

Preço: R$ 3.499

O que empolga: boas imagens, controle anatômico, áudio de qualidade

O que desanima: preço alto, cabo atrapalha em alguns momentos, tamanho desengonçado

Site: https://bit.ly/2UtcbqL

Atualização feita, enfim era a hora de conhecer o potencial dos óculos da Samsung. O primeiro jogo escolhido foi o Burger Flip, que coloca o jogador para viver um chapeiro. As imagens nítidas e o áudio de boa qualidade se destacaram mais que o joguinho, por ser bem simples e sem nenhum grande objetivo.

Após a frustração com o game de hambúrguer, era hora de tentar um de parque de diversões. O RideOp –  VR Thrill Ride Experience tenta simular alguns brinquedos. E imita tão bem que causou vertigem em dois repórteres, mesmo sem ter os melhores gráficos e muito menos uma trilha sonora.

Hora do terror

Para evitar maiores enjoos na equipe, o terceiro jogo escolhido foi o prólogo gratuíto de Nevrosa. Este foi o título que melhor demonstrou o potencial do Samsung HMD Odyssey, já que os ambientes bem detalhados foram reproduzidos de maneira bem fiel no acessório. O som, que deixou o clima ainda mais tenso, e os puzzles da sala macabra, provocaram gritos e medo em quem se aventurou no jogo.

Vale a compra?

O dispositivo da marca sul-coreana comprovou que essa tecnologia pode ser uma boa alternativa na busca por jogos mais imersivos. Ele consegue reproduzir bem as imagens, embora às vezes seja um pouco complicado achar o foco certo. Assinado pela AKG, o headfone embutido também se destaca e tem uma boa qualidade de som. Os controles das mãos são anatômicos e têm boa pegada.

Apesar de ser extremamente competente, o cabo do aparelho incomoda bastante. Não é raro se enrolar nele e precisar da ajuda de alguém para não cair enquanto joga. Por mais que a experiência com o Nevrosa tenha sido muito boa, o ideal é jogá-lo em um ambiente espaçoso, principalmente para evitar esbarrões nas paredes e nos colegas.

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Testamos: Odyssey, o notebook gamer da Samsung

Porém, talvez o maior empecilho para o acessório seja seu preço. Tabelado em R$ 3.500, ele é bem salgado. Além disso, exige um computador potente – como o Odyssey, da Samsung, que foi cedido junto com os óculos e foi o responsável por rodar o dispositivo. Dessa forma, quem não tem um hardware capaz de aguentar os requisitos mínimos do acessório, precisará investir em uma máquina robusta.

O veredito é que sim, é um bom acessório e que permite uma experiência completamente nova ao jogador. Se a imersão nos games, ou vídeos, é uma prioridade, então deve-se considerar a compra do Samsung HMD Odyssey.

*Colaboraram com o teste Bianca Bellucci, Marcella Blass e Maria Beatriz Vaccari

Na galeria, confira os outros testes realizados pela equipe do 33Giga:

 

 
 
  • JBL Tune 110 BT. O teste completo você vê em http://tinyurl.com/yb6ecbmf
  • Sony_Xperia XZ2_Preto
  • Fone JBL T450BT. O teste completo em https://wp.me/p7AVMp-eKM
  • Testamos: por R$ 330, caixa de som Pulse é resistente à água e dura mais de cinco horas
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