Assim como a maior parte dos adolescentes, Juliana Lohmann só pensa em se tornar adulta. Pelo menos na TV, já que, comemorando dez anos de carreira, a atriz até agora não teve a oportunidade de interpretar uma mulher. Mas a mudança já tem data prevista: meados de maio. Juliana, que completou 18 em setembro, foi a escolhida para viver a problemática Manu, em Chamas da Vida, novela que substituirá Amor e Intrigas na grade da Record.
Ansiosa para começar a gravar suas cenas no início de março, a jovem acredita que este passo marcará uma nova fase em sua carreira. “Durante muito tempo sonhei interpretar personagens mais densos e com discussões adultas. Agora chegou a minha vez”, comemora a atriz, já que Manu tem 21 anos.
A mudança, além de inesperada, veio com um motivo a mais para deixá-la cautelosa. Seu personagem é uma jovem rebelde, brigada com a família e que vive em um ferro-velho. Para dificultar ainda mais sua composição, Manu é ligada a uma gangue e viciada em drogas sintéticas, como o ecstasy.
“Sei que ela freqüenta raves e toma ecstasy. Estou pesquisando muito sobre isso, porque foge totalmente à minha realidade”, afirma, com um jeito delicado de falar. Tanto que nem sabe a melhor forma para se referir à droga. “Tem gente que fala que é bala, outros chamam de doce, estou começando a entender essas coisas”, brinca.
Na história, Manu é namorada de Antônio, outro participante da gangue, que será interpretado por Dado Dolabella. O rapaz é irmão do mocinho Pedro, vivido por Marcelo Serrado. “Ela o leva para o mau caminho. A onda dela está em tudo que é proibido e que não deve fazer”, adianta.
Para não fazer feio, Juliana conta com o auxílio do instrutor de interpretação pessoal, Daniel Nigro, que já ajudou a jovem quando foi convocada para participar de um dos episódios da série Mandrake, da HBO. Na época, a atriz interpretou uma prostituta de 16 anos. “E por mais incrível que pareça, foi a minha personagem mais velha na TV até hoje”, diz. Para gravar as cenas, ela precisou de autorização do Juizado de Menores.
PRECOCE
Contratada da Record até 2011, Juliana começou a trabalhar aos 8 anos de idade em comerciais e desfiles infantis. Nascida em Niterói, no Rio, a menina estreou como atriz aos 11 anos, em 2001, em Malhação. Na trama, interpretava a espevitada Gabi, irmã do protagonista Gui, de Iran Malfitano.
Depois disso, entrou em O Beijo do Vampiro como a vampira Pandorinha e participou da minissérie Um Só Coração. Em 2004, foi escalada para fazer Começar de Novo, mas só em 2006 conseguiu o papel que, segundo ela, lhe rendeu o maior retorno de crítica: a precoce Carla, de Vidas Opostas, já na Record. “Nunca tinha sido tão elogiada por um trabalho. Tanto que, com apenas um mês de novela, assinei contrato de quatro anos”, explica.
Juliana tem muitos planos para 2008, mas não sabe se vai conseguir conciliar a agenda. Inicialmente, a idéia era engatar algum espetáculo teatral, já que um dos seus maiores sonhos não poderá ser realizado durante Chamas da Vida.
“Quero muito fazer cinema, mas sei que exige dedicação e tempo livre. Quando chegar a hora, sei que vai pintar”, conta. Além disso, Juliana também não descarta a possibilidade de ganhar outras funções na tela da Record. Como, por exemplo, apresentar algum programa. “Minha prioridade é atuar, mas já trabalhei como apresentadora e me diverti bastante”, diz Juliana, que apresentou o Alô, Vídeo Escola, no canal fechado Futura.
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