Política Titulo Após compra de carros
Câmara de Diadema é alvo de protesto

Legislativo decidiu pagar R$ 1,17 milhão para adquirir 21 Voyages zero-quilômetro

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
07/12/2018 | 07:00
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Reprodução


Grupo de manifestantes ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre) e ao Partido Novo protestou ontem durante a sessão na Câmara de Diadema contra a compra de 21 carros zero-quilômetro por R$ 1,17 milhão – caso revelado pelo Diário.

Os manifestantes foram à Casa pedir que os parlamentares desistam de renovar a frota de veículos oficiais e prezem pela economia dos cofres públicos. Na quarta-feira, o Legislativo diademense fechou a aquisição de Voyages, da Volkswagen, para cada um dos 21 vereadores pelo valor de R$ 55,9 mil por veículo.

Antes de levantar cartazes contra a iniciativa, os manifestantes conversaram com os parlamentares e sugeriram alternativas à compra de carros novos, como aluguel ou uso de aplicativos de transporte individual. Como a compra já foi efetivada, saíram da reunião prometendo repúdio à decisão.

Ao Diário, a maioria dos parlamentares defendeu a compra dos novos veículos. O argumento praticamente unânime entre os vereadores é o de que a aquisição de patrimônio próprio para o Legislativo é menos onerosa para os cofres públicos. “O custo-benefício (em comprar veículos próprios) é maior do que alugar carro ou pagar viagens de aplicativos”, defendeu o governista Zé do Bloco (PV). Líder do governo, Célio Boi (PSB) foi na mesma linha. “Se o argumento (contra a compra dos carros oficiais) é o enxugamento dos gastos, já estamos fazendo isso. Vamos ficar, no mínimo, um ano e meio sem precisar fazer manutenção dos veículos”, salientou.

O oposicionista Josa Queiroz (PT) também defendeu a compra e destacou que, no ano passado, o Legislativo devolveu recursos no fim do ano ao governo do prefeito Lauro Michels (PV) com o compromisso de o dinheiro ser utilizado para aquisição de viaturas para a GCM (Guarda Civil Municipal), o que não teria ocorrido.

Já o governista Rodrigo Capel (PV) afirmou que “não era o momento” para a compra dos veículos e disse que estuda continuar utilizando o carro da frota atual e devolver o veículo novo do qual terá direito. 




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