A PF (Polícia Federal) prendeu sexta-feira em Santo André duas pessoas acusadas de envolvimento com sonegação fiscal e lavagem de dinheiro por meio de venda de cigarros. Outras 13 pessoas foram detidas em outros estados brasileiros dentro da Operação Reluz.
Os nomes dos presos em Santo André não foram divulgados nem a profissão que exerciam dentro de empresas fabricantes de cigarros e distribuidoras.
Os presos foram detidos no início da manhã em suas residências. Uma prisão ocorreu na rua Rui Barbosa, na Vila Gilda, e outra detenção no bairro Valparaíso.
“Essa quadrilha movimentava, por mês, cerca de R$ 100 milhões que deixavam de ser recolhidos por meio de impostos”, afirmou a delegada responsável pela operação, Maria Lúcia dos Santos.
As fabricantes de cigarro envolvidas são a Sudamax, localizada em Cajamar, e a Itaba, situada em Jandira, ambas na Região Metropolitana.
“Essas empresas criaram uma distribuidora de fachada e sonegavam IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na comercialização. Além de sonegar o IPI, elas imbutiam no preço o valor de imposto nas vendas. Por isso, esse lucro exorbitando de milhões por mês”, afirmou o superintendente da Receita Federal em São Paulo, Paulo Jacson.
Entre os detidos, está uma auditora da Receita Federal em São Paulo, acusada de violação de segredo funcional.
“Interceptações telefônicas apontam que ela avisava membros da quadrilha sobre operações do órgão. Há indícios de participação de outros servidores”, afirmou a delegada Maria Lúcia.
O dinheiro obtido ilegalmente era sacado em espécie ou transitava por contas bancárias de laranjas para ser gasto em jogo, imóveis de alto padrão, fazendas, carros de luxo, embarcações e aeronaves.
Duzentos e vinte agentes federais atuaram na operação e apreenderam dinheiro, jóias e carros. Entre os veículos, está um Mercedes McLaren avaliado em R$ 1,2 milhão. Prisões e apreensões ocorreram também no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e outros quatro estados.
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