O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, firmou nesta quarta-feira em discurso pela TV estatal que o Irã "resistirá até o fim" para defender seu direito à energia nuclear, apesar das ameaças de sanções da ONU.
"Graças a Deus, o tempo joga a favor do Irã e a cada dia que passa eles (os ocidentais) devem dar um passo atrás e reconhecer o direito do Irã, enquanto o povo iraniano dá um passo adiante na direção da tecnologia", declarou Ahmadinejad em discurso pronunciado em Sanandaj, na capital do Curdistão iraquiano.
Objetivo - O presidente iraniano disse na terça-feira à imprensa que o objetivo do Irã é instalar 60 mil centrífugas, a fim de produzir combustível para as centrais nucleares civis, apesar da ameaça de sanções da ONU.
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, de visita aos Estados Unidos, denunciou o programa nuclear iraniano. "Não podemos nos dar o luxo de esperar" sem reagir, disse o chefe do governo israelense.
Ahmadinejad, por sua vez, acusou as grandes potências de "impedir o progresso dos povos". "Mentem ao dizer que são contra as armas nucleares e químicas porque seus depósitos estão cheios de armas atômicas e químicas", declarou.
Os cinco membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha) e Alemanha têm dificuldades em entrar em acordo sobre um projeto de resolução que imponha sanções contra os programas nuclear e balístico do Irã, em virtude das reticências de Pequim e Moscou.
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) confirmou que o Irã continua com seu programa de enriquecimento de urânio, segundo informe confidencial.
O informe da AIEA diz também que seus inspetores encontraram traços de plutônio em contêineres em Karaj, a oeste de Teerã.
O Irã classificou de "repetitivo" este informe da AIEA.