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Cenário favorece indústrias químicas
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
09/07/2007 | 07:02
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Empresas sólidas, que devem se manter neste ano com bons resultados operacionais e com geração de fluxo de caixa adequados. Essa é a avaliação que a agência avaliadora de riscos de crédito internacional Standard & Poor’s faz em relação às empresas petroquímicas brasileiras, entre elas duas do Grande ABC.

A análise consta de um relatório setorial feito pela agência sobre a atividade na América Latina, que foi divulgado há poucos dias. Para a instituição, os indicadores da economia brasileira favorecem o segmento, embora haja alguns pontos de preocupação.

“De forma geral há bons fundamentos no curto prazo para o Brasil, a economia está se recuperando, a demanda reagiu e o patamar de preços (do setor) é satisfatório”, afirma o analista da empresa, Reginaldo Takara.

Nesse ambiente favorável, o estudo observa que as companhias brasileiras estão fazendo grandes investimentos, principalmente para ampliar a capacidade de produção. Um exemplo citado é o da Petroquímica União, que investe US$ 500 milhões para ampliar sua fábrica no Grande ABC.

A PQU melhorou significativamente suas margens de lucro no primeiro trimestre, por conta da reação da demanda e também de uma estabilidade da nafta petroquímica (matéria-prima do setor) no início do ano. No entanto, Takara avalia que o programa de investimentos é grande e a empresa tem, relativamente, pouca liquidez (grau de agilidade na conversão de um ativo em dinheiro).

Por outro lado, há aspectos positivos: a expansão da companhia é baseada em financiamento de longo prazo – do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) – e deverá gerar, quando concluída, um efeito positivo na performance da companhia, em termos de receita e ganhos operacionais.

ULTRA
A agência de avaliação de risco avalia ainda outra companhia com operações na região: o grupo Ultra, cujo faturamento deverá saltar de US$ 2,2 bilhões em 2006 para US$ 10,5 bilhões neste ano por conta da incorporação de negócios de distribuição de combustível da Ipiranga, segundo o relatório.

Na avaliação de Takara, a empresa é respaldado por uma política financeira conservadora. “O grupo tem um endividamento líquido baixo e possui reserva de caixa (de US$ 700 milhões)”. Além disso, a expectativa da instituição é de que o Ultra vai se fortalecer com a aquisição dos novos negócios, que se casam com sua tradicional atividade de distribuição de GLP (gás liquefeito de petróleo, ou seja, o gás de cozinha).



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