Vereador, que rivalizou com ex-prefeito, acusa diretório de ser omisso
Derrotado na eleição para deputado federal em outubro, o vereador Ronaldo Lacerda (PT), de Diadema, culpou a direção do partido na cidade pelo seu próprio revés e também do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT), que, da mesma forma, tentou, sem sucesso, vaga na Câmara Federal.
Para o parlamentar, conhecido por discursos críticos aos correligionários, o PT diademense “foi omisso” ao permitir a existência de três candidaturas para um mesmo cargo. No caso, Lacerda também contabiliza o projeto de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), que há dois anos mudou seu domicílio eleitoral para Diadema e, no mês passado, foi reeleito para o quinto mandato consecutivo. “Quem errou foi o partido. O PT tem que começar a ter projeto para a cidade, é um absurdo o partido deixar três candidaturas (de uma mesma cidade para disputar o mesmo cargo). Não dá para negar isso. Não dá para o forasteiro vir e depois ficar correndo às escondidas. Foram três candidaturas e nenhuma foi discutida pelo partido”, disparou o parlamentar, que tentou negociar, internamente, a retirada do projeto neste ano em troca de apoio à candidatura a prefeito, em 2020. “O que atrapalhou foi a falta de projetos. Já que não era para ser candidato agora, teria espaço em 2020? O problema é a intransigência das pessoas, que querem 2018, querem 2020 e aí não tem espaço político para ninguém mais. Então não existe projeto. Se o projeto que tem é de pessoas, como vamos eleger um deputado federal que vai abandonar o mandato em dois anos para ser candidato a prefeito?”, criticou Lacerda, em referência a possível candidatura de Filippi a prefeito no pleito de daqui dois anos. “Minha candidatura não foi imposta, ela foi colocada porque eu fui o vereador mais votado do PT, em 2012, quatro anos depois fui reeleito como o mais votado da cidade e o mais votado do PT no Grande ABC e o partido não tinha nenhum projeto para mim.”
Lacerda, que dos 15.868 votos que recebeu, 12.568 foram em Diadema, ainda ironizou o desempenho de Filippi. “O Filippi era o bambambã, (contavam) que ele já estava eleito. Não foi o que a urna mostrou. (Isso ocorreu porque) Já passou o tempo, as pessoas querem renovação, as pessoas querem mudança. Se eu tivesse 10% do recurso que ele teve na campanha, tinha sido mais votado que ele.”
O ex-prefeito teve 43.382 votos, sendo 25.985 no município que governou de 1993 a 1996, de 2001 a 2004 e de 2005 a 2008.
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