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Kães-Vadius ontem e hoje
Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
13/08/2010 | 07:01
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Agosto não é somente o mês do cachorro louco, é também o aniversário da banda Kães-Vadius. O primeiro grupo de psicobilly do Brasil e talvez da América Latina completa 25 anos de estrada e apaga as velinhas na região onde nasceu, o Grande ABC.

Os shows em comemoração ao aniversário serão hoje e amanhã, às 20h, no Cidadão do Mundo Arte e Cultura, em São Caetano (Rua Rio Grande doSul, 73). O ingresso custa R$ 17 e o combo para os dois shows, R$ 25.

A grande surpresa do evento é que o vocalista Hulkabilly reuniu os músicos da formação original para a primeira das apresentações.

Dez anos após a útlima reunião, o baixista Paulo Bide Pow, o baterista Denis Animal e o guitarrista George G estarão novamente ao lado de Hulk no palco. "Só o fato de estarem todos vivos já é um evento", brinca Hulk.

A apresentação de hoje será baseada nos dois primeiros discos: Psychodemia, de 1987, que tem como tema o personagem Malaka-Blues; e Delirium Tremens, lançado no ano seguinte. Eles rechearão o set list do show. "Espero bastante gente que não vejo há muito tempo", diz o vocalista.

O show de amanhã trará o Kães-Vadius de 2010. Além dos clássicos temas, Hulk, o guitarrista Arroz from Hell, o baixista Felipe Inri e o baterista Fábio Koveiro terão como ingredientes principais as composições lançadas nas dez compilações das quais o quarteto participou ao longo dos anos.

É possível que a banda apresente em primeira mão duas músicas que estarão no próximo disco De Volta ao Kovil, Porta do Diabo e Casquinha de Ferida. "Será um grande laboratório, o Kães-Vadius mais clássico com a banda original, e depois um som mais pesado com a formação atual. Muita gente que gostaria de ver a banda poderá assistir, e os mais novos poderão observar como eram os shows', diz Hulk.

Há 25 anos trabalhando de forma independente, o Kães-Vadius mescla nas suas poções pitadas de rebeldia, humor negro, zumbis de filmes ‘lado B' de terror e suor, muito suor. O resultado: respeito e reconhecimento no meio musical.

Fã de Alice Cooper e Cramps, o vocalista conta que antigamente era mais complicado ter uma banda de rock. "Era difícil conseguir equipamento e locais para tocar. Quem queria ter banda tinha de ter garra, éramos marginalizados, aquilo tudo chocava a sociedade, você começava do zero e assumia uma guerra", lembra.


Inéditas e raridades virão em CD e DVD

A mesa do grupo Kães-Vadius está repleta de projetos, a maior parte deles já em andamento.

Com um quarto de século, a banda prepara dois novos discos. Um deles, De Volta ao Kovil, um single com cinco músicas inéditas.

O outro trará todas as músicas já gravadas nas dez coletâneas ao longo da carreira. "Agora o fã poderá ter todas as canções espalhadas nas coletâneas em um único disco," afirma o vocalista Hulk.

Mais uma novidade: todas as canções que integrarão a compilação ganharão nova roupagem, serão regravadas. "Começaremos a gravar em setembro, o disco deve ficar pronto até a metade de 2011," conta.

A banda prepara também dois DVDs. Um deles, documentário que já vem sendo filmado há dois anos. O trabalho abordará a história de seus 25 anos.

A segunda filmagem trará um apanhado dos shows da turnê comemorativa que começa hoje.

Para os mais aficionados, a grande surpresa é que uma fita cassete foi encontrada nos arquivos do grupo.

O material traz as primeiras músicas gravadas pelo Kães-Vadius, quando ainda contava com o guitarrista Betinho Moraes, já morto. "A fita reapareceu e agora podemos trabalhar com esse material e lançá-lo," diz Hulk.




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