Luzes perfeitas, poltronas prontinhas para receber o público, e palco com sede de arte. Foi assim que, há exatos 50 anos, o Teatro Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano, abriu suas portas pela primeira vez. Na inauguração, a Orquestra Sinfônica de São Paulo, sob regência do maestro Walter Lourenção, executou peças como Concerto de Brahms para violino, e Semiramis, de Gioachino Rossini.

O Diário acompanhou, à época, o evento, e noticiou no dia 12 de novembro de 1968 que “o público ficou verdadeiramente deslumbrado com a suntuosidade do seu Teatro Municipal”. Fato é que hoje, aos 50, o local segue no aguardo de socorro, como já noticiou por várias vezes o Diário, que visitou o local após receber diversas denúncias em 2017. O espaço, com 1.122 lugares, e dono de farta agenda cultural, conta com problemas, já há tempos, de som, iluminação, falta de lâmpadas, fios soltos perto da plateia, estrutura do palco, forte infiltração de água água, para citar alguns. 

Segundo o secretário de Cultura de São Caetano João Manoel da Costa Neto (PSDB), que afirma ter encontrado o teatro em más condições no início de seu mandato, há dois anos, as necessidades mais emergenciais para o espaço são “a reforma do teto, o que, por consequência, nos leva a rever a iluminação, forro e todos os demais itens acoplados ao teto e, na sequência, o palco”.

A Prefeitura está tentando conseguir recurso de R$ 5 milhões junto à Caixa para reforma do Teatro Paulo Machado de Carvalho, como confirmou ao Diário o secretário. Questionado se o montante, quando sair, será suficiente para resolver todos os problemas do local, João Manoel disse que “o valor será alinhado com o projeto a ser apresentado na oportunidade pela Secretaria de Obras e Habitação, o que não nos impede de continuar perseguindo mais melhorias”. 

O secretário acredita começar as obras em meados do primeiro semestre de 2019. “Assim que disponíveis os recursos financeiros e homologado o processo licitatório de contratação das obras.”

Outro fato questionado pela equipe de reportagem é o fato de o local não contar com AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). A equipe do Diário checou a informação no site da corporação. De acordo com o secretário, há plano para obtê-lo. “Na própria reforma serão observados os requisitos técnicos para tanto”, disse. 

Mesmo com diversos problemas, o Teatro Paulo Machado de Carvalho segue com agenda atuante, inclusive neste fim de semana. Segundo João Manoel, não há problema. “Apesar das necessidades, os técnicos do teatro atuam em total acompanhamento às produções em suas montagens e execuções e revisões contínuas dos equipamentos de segurança.”