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Aos 50 anos, Cidade da Criança reabre Minirregião Amazônica

Evento realizado ontem no tradicional parque de São Bernardo teve concerto de banda criada em 1972 no antigo teatro de arena do local

Ademir Medici
28/10/2018 | 07:00
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 Os 50 anos da Cidade da Criança, em São Bernardo, foram celebrados ontem com música, livros, peças de teatro, exposições, distribuição de pipoca, algodão doce e muita memória. Também com a notícia de que a atração Minirregião Amazônica será revitalizada, a partir do espaço Chapéu de Palha e do Teatrinho de Manaus, equipamentos em bom estado de conservação, diferentemente da igreja, que possui até mato no telhado e está interditada.

O momento mais emocionante foi a apresentação da Corporação Musical Carlos Gomes em parceria com músicos da desaparecida Banda Infanto-Juvenil Cidade da Criança. A regente Simone Strublic comandou a primeira parte do concerto, chamando na sequência o criador do grupo, Manuel Afonso Nogueira da Mota, 79 anos, que reviu antigos músicos infanto-juvenis, hoje já avós.

“Começamos em 1972 com 212 alunos. Ensaiávamos no antigo teatro de arena da Cidade da Criança. E a banda estreou em março de 1973, aqui mesmo no Chapéu de Palha, sobrevivendo até 1986”, rememorou o maestro Manuel.

Vários dos meninos que tocaram na Cidade da Criança hoje integram a Carlos Gomes, banda fundada em 1924 e agora revitalizada com o apoio da Prefeitura.“A música e a cultura no País são vinculadas ao capricho dos poderosos. São Bernardo chegou a ter seis bandas. De repente, desapareceram. Fico feliz em ver que a Prefeitura agora está cuidando de várias delas”, discursou o Sr. Manuel.

O secretário municipal de Cultura, Adalberto Guazzelli, reconhece que o espaço junto à Pinacoteca Municipal necessita de reformas, “após décadas de esquecimento”. Mesmo assim, a abertura ocorrida ontem, dentro do chamado Projeto Culturart, mostra o acerto da medida. Rolou muita emoção entre os presentes.

O Culturart é mutirão de atividades artísticas com dança, exposição, teatro, música, concentrado em um único espaço. Já ocorreu no Centro Cultural Ferrazópolis, no Taboão, na Câmara de Cultura Antonino Assumpção e agora na Cidade da Criança, no seu módulo mais esquecido. Usá-lo é o primeiro caminho para sua revitalização.




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