Palavra do Leitor Titulo Palavra do Leitor
Indústria farmacêutica e o paciente
Por Do Diário do Grande ABC
24/10/2018 | 12:27
Compartilhar notícia


É curioso ver como alguns temas, de repente, são cunhados e viram cool (legais). O patient-centricity, termo em inglês para destacar o foco no paciente, é a mais ‘nova’ discussão das indústrias farmacêuticas. Para quem é do terceiro setor, como eu, algumas vezes fica difícil entender por que o foco no paciente está sendo incorporado à cultura da indústria farmacêutica somente agora. Onde estava o paciente até o momento, senão no centro? É claro que essa mudança de paradigmas vem acompanhada de possibilidade de crescimento de resultado a longo prazo. Mas eu, particularmente, não me preocupo com motivações que levam as pessoas a darem voz ao paciente. O meu objetivo é ter o paciente no centro da cadeia, não importando por que cada um o colocou lá. 

Todavia, toda mudança de paradigmas é difícil. O questionamento que faço é: como, num passe de mágica, indústria focada em vendas e participação no mercado passará a focar no paciente? Quão profunda deverá ser essa mudança? A soberba da indústria (usual, muitas vezes), confiante de que irá fazê-lo de forma natural, é chocante. Vejo alguns gerentes e diretores completamente convictos de que são capazes e que já estão fazendo grandes mudanças internas. Não é bem assim. O intuito da indústria e das organizações com os pacientes é o mesmo: dinheiro. Ambas precisam de recursos para crescer e se desenvolver. A principal diferença está no outro lado: enquanto a indústria também quer fazer dinheiro por meio de vendas, a organização de pacientes busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Isso acontece porque o terceiro setor é bonzinho e as indústrias farmacêuticas são insensíveis? Não. Porque, simplesmente, temos DNA diferente. Foi assim que nascemos e construímos nossa história. E como mudar isso? Ao menos que haja mutação, a indústria farmacêutica nunca terá o foco no paciente. Para isso, ainda que o objetivo final seja lucro, este somente será alcançado a longo prazo. Será a consequência de mudança agora, com novas métricas de bonificação a curto prazo, similares à das organizações: melhora da qualidade de vida, aumento de diagnósticos etc. Além disso, é fundamental que a indústria passe a buscar recursos humanos que há no terceiro setor. Somente essas pessoas reforçarão o foco no paciente.

Enquanto a indústria focar em mudança a longo prazo, bonificando os colaboradores por meio de métricas curtas, baseadas em vendas, o paciente nunca estará no centro. Enquanto a indústria buscar profissionais ‘puro-sangue farmacêutico’ para contratação, o foco no paciente será apenas campanha política, e será usado como aquele pretinho básico, que sempre arrasa.

Paula Menezes é advogada, empresária, presidente da Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas e vice-presidente da Sociedade Latina de Hipertensão Pulmonar.

Ditadura não!

Concordo com o leitor João Paulo de Oliveira (Por que só ele?, dia 22), quando afirma que, apesar dos erros e desvios, o PT implantou programas sociais louváveis. No entanto, integrantes de diversos outros partidos também cometeram ilícitos, mas muitos brasileiros decidiram eleger apenas uma legenda como a grande vilã das nossas mazelas. O antipetismo não está permitindo que parcela considerável da população perceba que está cavando o buraco em que não somente ela, mas todos nós iremos cair. O que podemos esperar de candidato à Presidência da República cujo herói foi torturador no período da ditadura militar? É doloroso saber que a nossa ainda tão jovem democracia, conquistada com luta e com sangue jorrado de muitos corpos, corre grande risco de vir a desaparecer.
Neusa Maria Pereira Borges
São Bernardo

Vídeo
Revelado à imprensa, vídeo de Eduardo Bolsonaro, deputado federal reeleito pelo Estado de São Paulo, fala que para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal) basta um soldado e um cabo, expressão vertida no mês de julho em meio a palestra de um curso. Disse um filósofo que a boca fala aquilo do que o coração e a mente estão cheios. Se esse conceito for verdade, a Nação, segundo pesquisas, se encontra prestes a eliminar corja de corruptos que permaneceram no poder por 16 anos, porém está entregando o poder a grupo que necessita ser controlado e vigiado a distância próxima, pois não costuma falar do que realmente pensa e, quando o faz, consegue escandalizar até aos mais neutros.
Ruben J. Moreira
São Caetano

Futebol de base
Parabenizo a categoria de base do EC Santo André pelo excelente desempenho no Campeonato Paulista Sub 11. O trabalho realizado pelo técnico Alexandre e toda comissão técnica com esses garotos já se tornou marco para a categoria de base do clube. Domingo, confirmaram a classificação para a semifinal ao vencerem a equipe do Marília por 1 a 0, no Estádio Bruno José Daniel. No primeiro jogo o Santo André havia batido o mesmo Marília, por 2 a 0, fora de casa, sem falar na vitória sobre o forte Corinthians, também fora de casa, por 2 a 0, e o empate sem gols no Brunão com o Santos FC. Agora é continuar firme na torcida para a semifinal. Parabéns a toda comissão técnica e aos atletas!
Euripes S. de Aquino Junior
Santo André

Turma de 1988 – 1
Sou da Turma C da Faculdade de Direito de São Bernardo, de 1988, e quero expressar minha gratidão pela bela reportagem!
Claudete Josefa
Santo André

Turma de 1988 – 2
Agradeço muito sua condução na reportagem da confraternização da Faculdade de Direito de São Bernardo. Sou ex-aluna, com muito orgulho! Grata e boa sorte!
Elizabeth A. Hein Paschoin Campos
São Bernardo

Os ‘coisos’
A família Bolsonaro mostra comportamento indesejável e antidemocrático, usando de verborragia ameaçadora e de baixo nível. E pensar que ambos, pai e filho, convivem no Legislativo Federal, sem nenhuma proposta para solucionar os problemas sociais e da nossa economia. E agora ostensivamente atacam o Poder Judiciário, cujos ministros deram a resposta que eles merecem. Que o eleitorado avalie bem os acontecimentos antes de votar no domingo.
Uriel Villas Boas
Santos (SP)

Urnas
Além do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Dias Toffoli, e a também ministra e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Rosa Weber, alegarem que as urnas eletrônicas são de total confiança, vos peço esclarecimento público a esse respeito: como os senhores poderão garantir que o meu voto foi para quem eu votei e como posso fazer para conferir essa veracidade?
Benone Augusto de Paiva
Capital




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;