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Trabalhadores da FUABC em Mauá reclamam de atraso no VR

Funcionários da Saúde dizem que valor, de R$ 600, está pendente há cerca de 15 dias

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
18/10/2018 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Trabalhadores da FUABC (Fundação do ABC) que atuam nos equipamentos da rede de Saúde pública de Mauá relatam que o pagamento do VR (Vale-Refeição), no valor de R$ 600, está atrasado há pelo menos 15 dias. “Estamos sem contrato desde julho. Já reclamamos com a Fundação, com o sindicato, com a Prefeitura. Ninguém nos dá uma previsão de pagamento”, disse uma servidora, que não quis se identificar.

A funcionária afirmou que muitos servidores passam por dificuldades por causa do atraso. “A gente já está sobrecarregado, porque muitas pessoas foram mandadas embora. Quem ficou está segurando as pontas. Agora tem esse atraso e essa falta de resposta”, reclamou. De acordo com servidores, o pagamento dos salários está em dia, mas gestores têm dito que são feitos por um “acordo de cavalheiros”, já que formalmente não existe contrato vigente entre as partes.

Procurada, a Prefeitura de Mauá informou que duas notas fiscais, de R$ 232.945,60 e R$ 214.670,70, relativas a esse apontamento, foram pagas no último dia 5. “Portanto, a Prefeitura cumpriu com o pagamento indenizatório, como sugerido e decidido pelo Ministério Público”. A Fundação do ABC, por sua vez, informou que os valores estariam disponíveis na data de ontem para todos os trabalhadores.

A instituição esclareceu que quitou as faturas referentes aos meses de julho, agosto e setembro. “No entanto, há uma fatura em aberto do mês de junho, cujo repasse não foi efetuado à época pela Prefeitura de Mauá, o que acarretou no atraso para o carregamento dos cartões neste mês”, justificou.

ROMPIMENTO

A FUABC e a Prefeitura de Mauá discutem o pagamento de um passivo referente à prestação de serviço na cidade, estimado pela Fundação em R$ 150 milhões. A dívida seria fruto de descompasso entre o valor cobrado pela instituição e o que foi efetivamente pago pela administração ao longo dos últimos anos. A prefeitura não reconhece a dívida, e o contrato entre as partes chegou a ser anunciado como encerrado em agosto, ainda sob a gestão da vice-prefeita e então prefeita interina, Alaíde Damo (MDB).

Com o retorno do prefeito Atila Jacomussi (PSB), no dia 12 de setembro, após ter sido afastado do cargo pela Justiça (o socialista foi preso em maio, durante operação da Polícia Federal que apurava desvio de recursos de merenda), as negociações entre as partes foram retomadas e está sendo desenvolvido um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), com supervisão do MP (Ministério Público), que visa construir plano de transição na Saúde de Mauá.

A FUABC destacou que, em relação ao TAC, as negociações estão adiantadas com a Prefeitura de Mauá e a expectativa é a de que o acordo seja formalizado nos próximos dias.




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