Política Titulo Raio X
Bolsonaro vence nas sete cidades

Haddad termina atrás de Amoêdo em São Caetano; Alckmin não consegue ficar nem entre os três primeiros

Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
08/10/2018 | 07:05
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Se dependesse dos eleitores do Grande ABC, Jair Bolsonaro (PSL) já seria o novo presidente da República. Ele foi o candidato mais bem votado nas sete cidades e conquistou, com folga, a maior parte dos sufrágios da região. Ao todo, obteve 723.619 votos, ou seja, 51% do 1.416.504 válido – até o fechamento desta edição os dados de Mauá e Rio Grande da Serra não haviam sido consolidados.

Fernando Haddad (PT) ficou em segundo lugar em seis municípios, com 319.846 sufrágios – apenas em São Caetano Ciro Gomes (PDT) ocupou essa posição, totalizando 197.141 cédulas na região. Nas demais cidades, ele ficou em terceiro. Geraldo Alckmin (PSDB), com 96.563 votos, terminou em quarto lugar em cinco municípios, em São Bernardo, o posto foi ocupado por João Amoêdo (Novo), com 80.662 sufrágios, e, em São Caetano, por Haddad – que ficou atrás de Amoêdo. À exceção de São Bernardo e São Caetano, portanto, o ranking dos mais votados no Grande ABC foi composto por Bolsonaro, Haddad, Ciro e Alckmin.

O desempenho ruim de Alckmin na região representa grande derrota ao tucano, uma vez que na eleição passada, em 2014, quando se reelegeu governador, arrebatou a preferência dos eleitores da região, vencendo em todas as sete cidades e conquistando 635.129 votos.

Em São Caetano, cidade onde seu nome sempre foi forte, Alckmin ficou na quinta posição, com 7.967 votos dos válidos, atrás de Bolsonaro, com 62.108, Ciro, com 14.892, e Amoêdo, com 9.374. Haddad obteve a quarta colocação, com 9.132.

Mesmo em São Bernardo, berço do PT e cidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde há forte movimento sindical, o candidato do PSL liderou, com 207.539 votos. Haddad ficou em segundo, com 107.778 votos. Ciro, em terceiro, obteve 58.195, e Amoêdo, 27.865. Alckmin apareceu em quinto, com 26.339.

Na eleição passada, a preferência do eleitorado do Grande ABC para a Presidência da República foi por Aécio Neves (PSDB), que triunfou em quatro cidades, com 531.764 votos. Dilma Rousseff levou a melhor em Diadema e Rio Grande da Serra. Em Mauá, Marina Silva (Rede) obteve a maioria dos votos – desta vez ficou em sétimo lugar, na média, com 16.847 cédulas da região.

Em Santo André, Bolsonaro obteve mais da metade dos sufrágios, 212.986, enquanto que Haddad, com enorme distância, 70.491, obteve a segunda posição. Na sequência vieram Ciro, com 53.104, e Alckmin, 26.869.

O mesmo ocorreu em Ribeirão Pires, onde o deputado do PSL triunfou, com 52,34% (33.301) dos votos. Depois vieram o petista, com 10.139; o pedetista, com 8.997, e o tucano, com 4.655.

Em Rio Grande, Bolsonaro chegou perto de conquistar metade dos eleitores, com 10.946 das cédulas. Haddad levou 5.573, seguido por Ciro, com 3.009, e Alckmin, 2.120.

A disputa entre os representantes do PSL e do PT só foi mais acirrada em Diadema, com 93.457 dos votos para Bolsonaro e 71.929 para Haddad. Ciro ficou com 30.636 e, Alckmin, com 13.987.

ABSTENÇÕES - Dos 2,095 milhões de eleitores do Grande ABC, houve média de 20% de abstenções das sete cidades. O maior percentual foi em Santo André, onde 21,23% dos 573.072 eleitores não compareceram às urnas.

Na sequência veio Ribeirão Pires, município em que 21,16% dos 90.592 votantes terão de justificar suas ausências ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 




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