O técnico Vanderlei Luxemburgo afirmou que a histórica goleada sobre o São Paulo foi mais importante do ponto de vista estratégico do que do ponto de vista emocional. "Essa vitória foi muito importante para o Campeonato. Conseguimos fazer o São Paulo parar nos 29 pontos e diminuímos nossa diferença em relação a eles. Foi uma vitória importante em um jogo estratégico", diz o treinador, que sempre coloca a palavra "planejamento" em suas declarações.

"De acordo com o nosso planejamento, essa vitória era fundamental para alcançar os líderes de acordo com a seqüência da tabela", completa o treinador. Os próximos jogos serão Internacional, na Vila Belmiro, Paraná e Cruzeiro, fora. "O próximo jogo será outra decisão", diz, repetindo uma de suas frases favoritas.

Luxemburgo não acredita que a vitória tenha um peso menor pelo fato de o São Paulo ter atuado com o time reserva. "Foi o São Paulo que perdeu para o Santos. Não existe diferença entre titulares e reservas. Todo grande clube conta com um elenco que não se resume aos 11 titulares. Todos são capacitados e podem entrar a qualquer momento", avalia o treinador que, adotando uma postura politicamente correta, evita falar em duelo pessoal com o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho.

"Não gosto de levar para o lado pessoal. Somos todos profissionais fazendo o melhor por seus clubes. Só isso. Não existe rivalidade pessoal", afirma.

Luxemburgo não perdeu a pose nem quando foi questionado a respeito do domínio do São Paulo ao longo do primeiro tempo. O Santos conseguiu seus dois primeiros gols no final da primeira etapa. "O São Paulo teve o domínio, mas não ameaçou o Fábio Costa. Tocava a bola de um lado para o outro, mas não era contundente nas finalizações. Teve maior volume de jogo, como é a característica do São Paulo, mas só isso", desdenhou.

Foi o presidente Marcelo Teixeira quem tocou no tema Seleção Brasileira. Antes da escolha de Dunga como novo técnico, o nome de Luxemburgo – e o de Paulo Autuori que está trabalhando no futebol japonês – eram os mais cotados para assumir o posto.

"Temos um planejamento de longo prazo e a retirada de qualquer um dos nossos profissionais seria uma perda enorme, principalmente o Vanderlei. Mas não fomos consultados em nenhum momento e nunca houve contato direto da CBF sobre este assunto", garantiu o presidente.