O policial, do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), teria ameaçado o paciente após ter sido agredido verbalmente por ele. O morador de rua envolvido no episódio é um dos sobreviventes da chacina ocorrida na madrugada do dia 19 de agosto, e o policial acusado — que não teve o nome divulgado — fazia a segurança dele no hospital.
De acordo com a versão relatada pela direção do hospital, o agente do DHPP e uma investigadora entraram na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por volta das 22h do último dia 30 para conversar com um dos pacientes que havia recobrado a consciência naquele dia. Sob efeito de medicação, então, o morador de rua mostrou-se agitado e confuso ao ser abordado, e "em uma atitude inesperada, o policial sacou um revólver e o apontou para a cabeça do paciente, que não esboçou nenhuma reação".
Segundo o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, Hédio Silva Júnior, o "despreparo" do agente que sacou a arma não se justifica. Ele disse ter divulgado o caso com objetivo de garantir a proteção dos sobreviventes dos ataques contra moradores de ruas, já que são "as testemunhas mais valiosas" nas investigações.
A Secretaria de Segurança Pública, por sua vez, afirmou que "o procedimento do policial não teve cunho de ameaça à vítima ou testemunha, mas foi um ato de defesa pela ofensa ao policial".
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