Salário atrasado e horas extras pendentes são algumas das queixas que funcionários da Embalagem Cavalcante, empresa andreense que produz embalagens cilíndricas de papelão, relataram ao Diário nesta semana.

"Não recebemos o pagamento de março. Na sexta-feira foi depositado apenas R$ 150, mas não foi informado quando receberemos o que falta", diz um funcionário que preferiu não se identificar.

Segundo o mesmo trabalhador, no mês passado, os cerca de 60 funcionários trabalharam mais de 12 horas alguns dias para dar conta dos pedidos, mas as horas extras não foram contabilizadas nos holerites.

Durante todo dia de ontem a reportagem tentou ouvir a diretoria da Cavalcante, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.

SINDICATO
Segundo o diretor de relações intersindicais do Sintrapel (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Papel, Papelão e Cortiça de São Paulo, ABCDM, Osasco, Taboão da Serra e Região), Vitor Carvalho, a associação ainda não recebeu denúncias formais sobre essa questão.

Entretanto, o diretor do Sintrapel salienta que "foram movidas algumas ações judiciais contra a empresa por causa de salários atrasados, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e condições de higiene nas instalações da fábrica".

No ano passado, os funcionários chegaram a paralisar a produção, pois durante alguns meses os pagamentos ocorriam com atraso.

Há 49 anos, a Embalagem Cavalcante é fornecedora de indústrias nas áreas alimentícia, metalúrgica, perfumaria, têxtil e química.