Quem acredita que, para ser um bom motorista, basta saber para que servem volante, acelerador, freio e câmbio, está redondamente enganado. Dirigir com cuidado é uma característica altamente positiva, mas em hipótese alguma credencia alguém à condição de bom motorista. É necessário, antes de tudo, estar envolvido com uma série de fatores que começam, por exemplo, pelos conhecimentos básicos sobre o veículo e alguns componentes mecânicos, passam pela experiência e terminam, acima de tudo, em praticar o ato de dirigir com responsabilidade. Até porque um fator complementa o outro, ou seja: de nada adianta dirigir com cuidado se não existe experiência para reagir corretamente em uma situação de emergência, como também não resolve nada possuir certa experiência em relação aos comandos de controle se lhe falta conhecimentos mínimos sobre o comportamento dinâmico do veículo em diferentes situações.

Confira a seguir alguns exemplos de direção responsável, conhecimentos de itens relacionados à mecânica automotiva e sobre como reagir em determinadas situações. Se você se enquadra em todos, sem dúvida pode se considerar um bom motorista. Caso contrário, faça você mesmo a sua pontuação para descobrir o que ainda precisa aprender para chegar lá. Bom motorista é aquele:

* Que sabe que, sob chuva, a visibilidade é prejudicada e, para evitar derrapagem, é necessário reduzir a velocidade; que é preciso acionar imediatamente o limpador do pára-brisa; que um veículo a 80 km/h anda 22 m em um segundo e que só a manobra para ligar o limpador pode consumir este tempo; que se o veículo não tem sistema de ventilação, a melhor maneira de evitar o embaçamento dos vidros é manter os vidros laterais ligeiramente abertos;

* Que sabe que, sob neblina, é necessário reduzir a velocidade até sentir segurança na identificação da pista e dos demais veículos para ter mais tempo para reagir a imprevistos; que é preciso acender os faróis baixos para ficar mais visível; que é preciso procurar sempre um ponto de apoio visual (faixas central e lateral, olhos-de-gato, placas, veículos a sua frente ou mesmo faróis daqueles que trafegam em sentido oposto); que o pisca-pisca só deve ser ligado se o veículo estiver estacionado e jamais ao trafegar;

* Que sabe que a melhor saída para enfrentar o fenômeno da aquaplanagem (quando o pneu perde contato com o solo por causa da camada de água) é tirar o pé do acelerador e girar levemente o volante para a esquerda e direita procurando corrigir os deslocamentos laterais; que, ao observar a estrada atrás, pelo retrovisor, e não ver a marca dos frisos dos pneus no asfalto é sinal de risco iminente de aquaplanagem;

* Que sabe que o triângulo de segurança deve ser colocado no mínimo a uma distância de 40 m da traseira do carro junto ao limite da pista e que galhos de árvore à frente do veículo, na mesma distância, também ajudam a alertar quem vem em sentido contrário; n Que sabe que os faróis acesos, mesmo durante o dia, tornam seu veículo mais visível não apenas para os motoristas, mas principalmente também para os pedestres, o que pode evitar possíveis atropelamentos.