Na visão da coordenadora de programação, Mônica Machado, esse primeiro ano serviu para a comunidade conhecer o espaço e as atividades do Sesc. “O fato de não restringirmos o acesso aos comerciários trouxe muitas pessoas interessadas em consumir o que a unidade tivesse para oferecer. No início, as pessoas tinham curiosidade, até pela carência de um espaço como o Sesc, mas, com o tempo, cada pessoa, principalmente as crianças, começaram a se interessar por serviços específicos e a participar das atividades porque gostaram, e não mais por curiosidade.”

Com as portas abertas à comunidade dos núcleos habitacionais Tamarutaca e Sacadura Cabral, vizinhos da unidade, havia o temor de problemas decorrentes de diferenças sociais, mas aos poucos houve a adaptação das pessoas às regras de convivência do espaço e a entidade seguiu seu trabalho social de integração de grupos. “O Sesc tem uma programação que prima pela qualidade e se as pessoas não têm acesso a essa cultura fora, aqui elas terão. Ao contrário do que se imaginava, as pessoas entenderam como conviver no espaço e como aproveitar adequadamente as atividades”, disse o gerente-adjunto Mauro César Jensen.

Entre os freqüentadores das várias atividades, como o acesso gratuito à Internet, piscina, quadras esportivas, teatro e shows, está a estudante Marcela Oliveira Lopes Santos, 13 anos. “Minha avó mora aqui perto e sempre que posso venho no Sesc, porque se não fosse aqui não teria como usar o computador.”

Apesar de morar em São Paulo, o segurança Celso Ramin, 33 anos, prefere ir ao Sesc de Santo André com os filhos. “É um espaço muito tranqüilo e tem muitas opções de atividades. Prefiro vir aqui com meus filhos do que ir a algum parque, por exemplo.”

Entre março e abril, os comerciários ou prestadores de serviço, que moram ou trabalham na região, poderão fazer a matrícula, que dura um ano, gratuita. Para se matricular, basta comparecer às unidades de Santo André (rua Tamarutaca, 302) ou de São Caetano (rua Piauí, 554) munido de RG e carteira profissional.