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Em quem você votou na última eleição?
Por Do Diário do Grande ABC
20/09/2018 | 08:35
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Artigo

Em véspera de eleição surgem notícias do tipo: oito em dez eleitores não se lembram em quem votaram para deputado federal, estadual ou distrital; eleitores não fiscalizam os representantes, e por aí vai, demonstrando que nossa frágil democracia ainda tem muito por crescer, desenvolver e se consolidar. Nossa experiência democrática é muito superficial, porque somos sociedade:

– Secularmente iletrada – recente pesquisa mostrou que 44% da população não lê e 30% nunca compraram um livro na vida. Se a população em geral não lê, por que iria se interessar por política? Política, direita, esquerda, liberalismo? Ah! Não adianta entender! Nada muda!

– Extremamente desigual – a renda média per capita de 1% dos trabalhadores mais bem pagos representa a mesma massa de renda de 40% dos trabalhadores que recebem na faixa mais baixa de salários. É lícito pensar que quem está preocupado com a sobrevivência diária de sua família não se importa com quem está no poder, tanto faz. Ninguém olha para o pobre, o que interessa é comida na mesa!

– Perigosamente desalentada – a abstenção, votos brancos e nulos em 2014 foi perto de 30%, tanto no primeiro como no segundo turno das eleições. Em 2018, as pesquisas indicam que os votos brancos, nulos e indecisos somam cerca de 40%, muito acima do número de votos dados ao primeiro colocado. Parece que, após apenas 30 anos de eleições diretas, já estamos cansados de votar. Democracia serve para que mesmo? Não tenho emprego, segurança...

– Culturalmente escravocrata – parte da sociedade gosta do estilo feitor, do pensamento único, do ‘isolacionismo’ social. Somos Nação de privilégios, de exceções, onde nem todos são iguais perante a lei. Queremos ser servidos e não servir. Hipocritamente admiramos sociedades mais igualitárias, mas agimos como as totalitárias. Você sabe com quem está falando? Sou autoridade! A lei? Ora a lei.

Por isso damos mais atenção aos candidatos do Executivo (presidente e governador), aqueles que mandam, decidem autoritariamente, do que àqueles do Legislativo (deputados e senadores), os que, teoricamente, deveriam promulgar as leis em benefício da população. O atual sistema político é anacrônico, perdulário, ineficiente e corrupto em seu cerne. O Congresso Nacional se tornou balcão de negócios, onde o interesse público nada vale. Isso só terá chance de mudar se a sociedade mudar. Se ela realmente quiser ser protagonista do seu destino, assumindo suas responsabilidades e deixando de querer sempre um ‘salvador da Pátria’. Caso contrário, continuaremos caminhando como bêbado claudicante que vai tropeçando nas próprias pernas. O Brasil precisa mudar enquanto é tempo.

Celso Luiz Tracco é economista e escritor.

Palavra do leitor

Síndrome
Síndrome de Estocolmo é o nome normalmente dado a estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor perante o seu agressor. Parece que os brasileiros simpatizantes da esquerda sofrem desse mal, pois, nem mesmo a prisão de seu líder, após abusar da Nação por meio de governo corrupto, diminuiu esse sentimento sadomasoquista que nutrem por ele.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Desumano
Venho por meio desta Palavra do Leitor desabafar por não ser respeitada a prioridade do idoso na assistência à Saúde. A senhora Maria da Glória Silva está com problema renal. Fez vários exames e foram constatadas pedras nos rins. Em 2017 foi marcada cirurgia no Hospital Mário Covas, em Santo André, mas, às vésperas do procedimento, cancelaram por causa da quebra de aparelho no hospital. No início deste ano ela foi enviada ao Hospital Brigadeiro, fez todos os procedimentos e foi marcada cirurgia para abril, no Mário Covas. Às vésperas, de novo, cancelaram por causa de quebra de aparelho. Remarcaram para 4 de setembro. Quatro dias antes da internação ligaram para cancelar. Estamos sem esperança. Por favor, quem pode nos ajudar?
Raimundo José da Silva
São Bernardo

Separatistas
Não importa o vencedor da eleição presidencial. Minha experiência de vida sinaliza que o País ficará mais dividido. Os próximos anos serão longos e tenebrosos, até que apareça o ‘Messias’ que possa ‘unir’ nosso povo. Existem vários ‘países’ dentro do Brasil, com interesses e realidades totalmente distintas entre si. O resultado das eleições poderá fomentar enorme onda separatista, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Separatistas são pessoas comuns, iguaizinhas a mim e a você, que amam com orgulho sua terra e pertences. Talvez exista nessa gente poder maior de indignação referente às autoridades brasileiras. Na verdade, estão de ‘saco cheio’ de carregar esse pesado fardo chamado Brasil. Todos possuem o sonho de ver seus Estados de origem fortes, prósperos e independentes das garras dos predadores de Brasília. Sonho sonhado por muitos pode virar realidade! Fico imaginando São Paulo no futuro, com padrão de vida de primeiro mundo. Que pena, estou velho e doente, não estarei aqui. Acho que não vou estar nem mesmo na posse do novo presidente, sorte minha!
José Machado
Santo André

Capazes de tudo
Não devemos nos esquecer que ‘elles’ disseram que fariam o diabo para ganhar eleições!
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Nada de novo
Impressionante como todos os candidatos, independentemente do cargo pretendido, repetem os discursos de sempre. Todos demagogos, mentirosos e falsos. Copiam sempre de cartilha feita por velhacos lá no passado.
Zélia Novaes
Ribeirão Pires

Financiamentos
Como pode o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) manter como presidente Dyogo Oliveira, que só agora admite olhar para trás e ver que os financiamentos aos países estrangeiros ‘não deveriam ter sido feitos’? Nenhuma empresa jamais conseguiria financiamento em qualquer instituição financeira sem lastro. O calote no BNDES proporcionado por Venezuela, Cuba e Moçambique precisa ser debitado na conta do PT. Mas Lula e Dilma só estavam interessados na comissão que receberiam das ‘construtoras amigas’ que executariam as obras. Será que a população que continua apoiando o PT sabe que pagará por esse rombo no BNDES? A esquerda treme de medo da vitória de Bolsonaro, já que prometeu abrir a ‘caixa-preta do BNDES’. Por isso, continuará fazendo ‘o diabo’ pelo poder. Matar Bolsonaro não deu certo, mas burlar as urnas eletrônicas ainda podem.
Beatriz Campos
Capital 




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