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Procuradoria vê 'organização criminosa' instalada no governo Beto Richa
06/09/2018 | 13:10
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Ao oferecer denúncia contra Deonílson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto Richa (PSDB), a força-tarefa da Operação Lava Jato afirma que uma organização criminosa se instalou no governo do tucano no Paraná.

Além do homem de confiança do candidato ao Senado, onze pessoas, incluindo o empresário Jorge Theodócio Atherino - apontado como "operador" de propinas do tucano - estão no banco dos réus, por decisão do juiz federal Sérgio Moro.

Na decisão que abriu ação penal contra o suposto operador e o ex-chefe de gabinete do tucano, o juiz da Lava Jato, apresentou cinco depoimentos que embasaram a investigação, entre outras provas. Um deles é de Nelson Leal Júnior, ex-diretor do DER do Paraná. Categórico, ele afirma que o ex-governador, seu irmão, José Richa Filho, Deonílson, Ezequias e Luiz Abi "capitaneavam a arrecadação de pagamentos indevidos".

De acordo com a denúncia, Jorge Atherino era auxiliado por Exequias Moreira, Secretário de Cerimonial do Estado entre 2013 e 2018, e Luiz Abi Atoun, apontado como "operador financeiro do caixa geral de propinas da organização criminosa instalada no Governo Beto Richa".

Segundo a Procuradoria, as provas que embasam a acusação "revelaram o pagamento de propinas pela empreiteira Odebrecht para obter favores ilegais relacionados à Parceria Público Privada (PPP) para exploração e duplicação da PR-323, entre os municípios de Francisco Alves e Maringá, durante o ano de 2014, cujo valor era de R$ 7,2 bilhões".

Defesa

"A defesa do ex-governador entende que as alegações do Ministério Público Federal não apresentam qualquer sustentação. O ex-governador sempre pautou suas ações baseado nos princípios legais. A obra de duplicação da rodovia PR-323 nunca aconteceu. Também nenhum recurso público, de origem federal ou estadual, foi aportado na licitação".

"Não houve também qualquer direcionamento em licitação. Tanto é assim que a Corte Especial do STJ decidiu de forma unânime que tal investigação deva ocorrer na Justiça Eleitoral, na qual será comprovada, sem sombra de dúvidas, a lisura dos atos do ex-governador. Infelizmente, tornou-se comum delatores apresentarem falsas afirmações na tentativa de se verem livres das penas que, certamente, serão condenados pelos graves crimes praticados".




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