Sistema Rio Grande, que abastece 1,2 mi de moradores da região, tem o menor volume de água em 15 anos
Dos seis mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, três estão com níveis de armazenamento de água mais baixos do que há quatro anos, quando houve grave crise hídrica no Estado. De acordo com dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o Sistema Rio Grande, braço da Represa Billings que abastece 1,2 milhão de pessoas na região, apresenta o menor volume dos últimos 15 anos, 76,9% (veja no quadro e no gráfico).
Além do Rio Grande, os sistemas Guarapiranga e Rio Claro (este último abastece 1,5 milhão de moradores do Grande ABC) também apresentam índices menores do no período pré-crise, 53,7% e 49,1%, respectivamente.
O cenário, conforme especialistas, é consequência da estiagem típica de inverno; com expectativa de retorno da normalidade nos próximos meses, com as chuvas. O alerta para se evitar nova crise, entretanto, deve ser contínuo, recomenda o presidente da Associação Global de Desenvolvimento Sustentado e ex-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, Nelson Pedroso.
Para o especialista, a queda no sistema Rio Claro é indicativo da falta de gestão hídrica sustentável e ausência de modelagem matemática que contribua para orientar o consumo de forma gradual e sincronizada com a produção das águas na região. “Também chama atenção o Sistema Guarapiranga ter diminuído sua capacidade de reservação, mesmo se servindo das águas do Reservatório Billings através do braço do Taquacetuba/Rio Pequeno”, pontuou Pedroso.
Segundo ele, a diminuição no reservatório Billings/Rio Grande está intimamente relacionada à exportação de suas águas para a região do Alto Tietê-Cabeceiras, que abastece cerca de 4,5 milhões de pessoas. “À primeira vista, a diferença observada pela diminuição significativa do reservatório Rio Grande ocorreu não pelo consumo regional, mas pela exportação de suas águas.”
Já na avaliação do professor do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Metodista, Bruno Garre, a redução de água nos mananciais é mais uma consequência da falta de chuvas do que da retirada do volume dos sistemas. “O mais preocupante seria o Cantareira, mas o problema é quando cai abaixo de 29% ou 28%, porque entra no volume morto”, explicou. “Como vamos entrar na época de chuvas, essa situação deve se reverter”, afirmou.
Garre destacou ainda que embora o Sistema Rio Grande esteja em situação confortável em relação aos outros mananciais, existe a necessidade de campanhas permanentes de conscientização. “Especialmente com a indústria, cujo consumo é muito maior. É preciso conscientizar as pessoas de que não é preciso gastar tanto e isso deve ser feito o ano todo”, concluiu.
A Sabesp informou que o abastecimento está normal em todas as cidades atendidas, apesar do período de estiagem, e que vem retirando 25% menos do volume útil do Cantareira há um ano.
A empresa afirmou ainda que trabalha em campanhas constantes com Dos seis mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, três estão com níveis de armazenamento de água mais baixos do que há quatro anos, quando houve grave crise hídrica no Estado. De acordo com dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o Sistema Rio Grande, braço da Represa Billings que abastece 1,2 milhão de pessoas na região, apresenta o menor volume dos últimos 15 anos, 76,9% (veja no quadro e no gráfico).
Além do Rio Grande, os sistemas Guarapiranga e Rio Claro (este último abastece 1,5 milhão de moradores do Grande ABC) também apresentam índices menores do no período pré-crise, 53,7% e 49,1%, respectivamente.
O cenário, conforme especialistas, é consequência da estiagem típica de inverno; com expectativa de retorno da normalidade nos próximos meses, com as chuvas. O alerta para se evitar nova crise, entretanto, deve ser contínuo, recomenda o presidente da Associação Global de Desenvolvimento Sustentado e ex-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, Nelson Pedroso.
Para o especialista, a queda no sistema Rio Claro é indicativo da falta de gestão hídrica sustentável e ausência de modelagem matemática que contribua para orientar o consumo de forma gradual e sincronizada com a produção das águas na região. “Também chama atenção o Sistema Guarapiranga ter diminuído sua capacidade de reservação, mesmo se servindo das águas do Reservatório Billings através do braço do Taquacetuba/Rio Pequeno”, pontuou Pedroso.
Segundo ele, a diminuição no reservatório Billings/Rio Grande está intimamente relacionada à exportação de suas águas para a região do Alto Tietê-Cabeceiras, que abastece cerca de 4,5 milhões de pessoas. “À primeira vista, a diferença observada pela diminuição significativa do reservatório Rio Grande ocorreu não pelo consumo regional, mas pela exportação de suas águas.”
Já na avaliação do professor do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Metodista, Bruno Garre, a redução de água nos mananciais é mais uma consequência da falta de chuvas do que da retirada do volume dos sistemas. “O mais preocupante seria o Cantareira, mas o problema é quando cai abaixo de 29% ou 28%, porque entra no volume morto”, explicou. “Como vamos entrar na época de chuvas, essa situação deve se reverter”, afirmou.
Garre destacou ainda que embora o Sistema Rio Grande esteja em situação confortável em relação aos outros mananciais, existe a necessidade de campanhas permanentes de conscientização. “Especialmente com a indústria, cujo consumo é muito maior. É preciso conscientizar as pessoas de que não é preciso gastar tanto e isso deve ser feito o ano todo”, concluiu.
A Sabesp informou que o abastecimento está normal em todas as cidades atendidas, apesar do período de estiagem, e que vem retirando 25% menos do volume útil do Cantareira há um ano.
A empresa afirmou ainda que trabalha em campanhas constantes com a população sobre consumo consciente e que, desde 2014, já investiu R$ 6,8 bilhões em obras que garantem água para a Região Metropolitana e para a Capital.a população sobre consumo consciente e que, desde 2014, já investiu R$ 6,8 bilhões em obras que garantem água para a Região Metropolitana e para a Capital.
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