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Desafios e chances da economia digital
Simpi-SP
05/09/2018 | 07:15
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Em mercado globalizado e cada vez mais sem fronteiras, a forma de as empresas fazerem negócios vem mudando radicalmente com o advento das novas ferramentas digitais, promovendo uma enorme transformação na economia tradicional como um todo. Conhecido como ‘economia digital’, esse novo modelo de negócios é impulsionado por meio da internet, de forma a facilitar a comunicação, transferência de dados e transações comerciais, entre outras atividades, de forma simples, rápida e interativa. “Essas tecnologias vieram para simplificar a forma como fazer negócios, para se obter mais e melhor com menos, através da utilização mais eficiente dos recursos disponíveis”, afirma o professor Gil Giardelli, especialista em inovação e economia digital.

“Representa uma mudança mais ampla na maneira de mover a economia, em que a interação entre as empresas e seus clientes tornar-se-á cada vez mais social, móvel e conectada”, diz ele, esclarecendo que, nesse contexto, a inovação tecnológica torna-se um fator determinante para o sucesso de um empreendimento. “Essa transformação não mais poderá ser considerada como uma novidade ou diferencial na empresa, mas, sim, como pré-requisito essencial de competitividade”, explica. Contudo, mesmo considerado como uma das maiores economias mundiais, o especialista afirma que o Brasil ainda vive na infância dessa era digital, ocupando as últimas posições internacionais no quesito competitividade. “Embora a disseminação do uso de smartphone tenha criado um ecossistema propício para essa transformação, ainda falta a base no País, ou seja, cidadãos, governos e empresas ainda não entenderam que precisam enfrentar essa realidade, investindo em novas tecnologias para aproveitar seus benefícios, e aprender, de fato, a gerar valor”, diz ele. “Então, se conseguíssemos transformar um pouco da nossa economia através da digitalização, poderíamos adicionar cerca de US$ 120 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do País”, estima o professor.

Por fim, Giardelli argumenta ainda que o empresário brasileiro é pouco inovador, embora seja muito criativo. “Os negócios continuarão se transformando, o mercado ficará cada vez mais competitivo e as oportunidades serão mais restritas e escassas. É preciso, então, colocar a criatividade para funcionar na inovação, entendendo que a economia digital é uma nova forma mundial de fazer negócios, e que veio para ficar”, conclui.


As causas e efeitos da expressiva alta do dólar

Em razão das recentes turbulências no cenário internacional, tais como a guerra comercial promovida por Donald Trump, o aumento de juros norte-americanos patrocinados pelo FED (Federal Reserve) e o acirramento da crise econômica na Argentina, entre outros, ocorre, atualmente, um fenômeno conhecido como flight-to-quality, ou seja, quando os investidores migram seus recursos para mercados considerados mais seguros, o que vem levando à desvalorização das moedas de países emergentes do mundo inteiro. Segundo o professor doutor Joelson Sampaio, coordenador do curso de economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), o Brasil não ficou isento e, ainda, teve sua situação agravada por questões internas. “O mercado está muito nervoso, por causa da indefinição sobre quem será o próximo presidente, e qual a política econômica que será adotada a partir do ano que vem, o que fez o dólar disparar por aqui”, diz ele, explicando que essa valorização perene e expressiva tem sido motivo de grande preocupação. “Isso afeta diretamente o cotidiano das pessoas, pressionando a inflação sobre diversos produtos e serviços, principalmente aqueles cujos custos estão atrelados ao câmbio”, esclarece o economista.  




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