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Sobrinho de Serginho tenta repetir sucesso no São Caetano

Hernane Júnior, que é submetido a testes no sub-20 do clube, recorda morte do tio

Por João Victor Romoli
Especial para o Diário
30/08/2018 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O São Caetano está tendo a chance de resgatar a história de Serginho, ídolo do clube que morreu em 2004, no gramado do Estádio do Morumbi, na Capital. Isso porque o sobrinho dele, Hernane Júnior, 18 anos e que, coincidentemente, é zagueiro canhoto, passa por testes no sub-20 do Azulão nesta semana e, se for aprovado pela comissão técnica, ficará mais um tempo até integrar o elenco da base.

O jovem, que tinha apenas 5 anos quando o tio famoso foi a óbito, no dia 27 de outubro de 2004, tem o familiar como referência e vê no convívio com ele um dos principais fatores para hoje estar recebendo essa oportunidade.

“Sonhei muito com esse momento. A família toda fica emocionada porque lembro quando a gente se reunia. Ele era sempre um cara muito alegre, trazia presentes para todos, muito educado e sempre dava conselhos. Fazia brincadeiras com todos da família. Se estou aqui é por conta dele, quero seguir seus passos”, disse o jogador.

Serginho atuou em 134 jogos com a camisa do Azulão entre 1999 e 2004, marcando 17 gols. O atleta conquistou a Série A-2 do Campeonato Paulista e o Paulistão de 2004, meses antes sofrer parada cardiorrespiratória diante do São Paulo, pelo Brasileirão, e morrer 40 minutos depois no Hospital São Luiz, no bairro do Morumbi.

“Eu lembro que estava em casa no dia. Minha mãe passando roupa e estava tendo jogo. Aí aconteceu a fatalidade, minha mãe ficou desesperada. Eu era pequeno, mas lembro dessa cena como se fosse hoje: ela passando roupa e passando (a partida) na televisão. Minha família ficou muito abalada. Depois todos foram de ônibus para o velório, que foi em Minas Gerais, mas eu e meu irmão que éramos pequenos, não fomos”, disse o jovem, que mandou fotos de quadros de títulos conquistados e da chuteira do último jogo de Serginho para sua família, que mora toda em Vitória, no Espírito Santo.

“É simplesmente inexplicável. Ele é sempre lembrado por nós. Quando completaram dez anos da morte dele, a gente se reuniu e fez camisas de homenagem. Foi muito emocionante. Todas as vezes que nos reunimos, nos lembramos dele. A gente fala que falta o Serginho porque era uma pessoa muito importante”, contou Hernane, que entrou em contato com a diretoria do São Caetano neste mês pedindo oportunidade.

“Minha mãe sonhou que eu tinha vindo aqui fazer teste onde meu tio jogou. Aí entramos em contato e conseguimos. Estão todos torcendo por mim e espero continuar”, completou. 




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