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Dólar segue influência externa e cai 0,59%
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27/08/2018 | 18:35
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Agência Brasil


O enfraquecimento do dólar no mercado internacional favoreceu um novo ajuste da moeda americana ante o real, que nesta segunda-feira, 27, fechou em baixa de 0,59%, cotada a R$ 4,0812 no mercado à vista. A queda ocorreu ainda em meio a um ambiente de cautela dos investidores e agentes do comércio exterior, o que se pôde ver no volume de negócios reduzido. Foram movimentados US$ 671 milhões no "spot", pouco mais da metade do volume de um dia considerado normal.

Foi o segundo dia de queda da moeda americana, que na semana passada encerrou uma sequência de sete altas consecutivas. Apesar dos ajustes de hoje e de sexta-feira, são cinco sessões em que a divisa é negociada acima de R$ 4, acumulando alta de 8,68% em agosto. As incertezas do cenário eleitoral doméstico são o principal combustível dessa escalada, com contribuição também da volatilidade recente no mercado internacional, em meio a atritos comerciais e crises financeiras. Hoje, no entanto, a aversão ao risco diminuiu no mercado externo, favorecida pelo acordo comercial dos Estados Unidos com o México.

"A melhora do humor no mercado externo levou as bolsas americanas a bater recordes hoje, o que contribuiu para uma forte alta do Índice Bovespa. Essa melhora do cenário pode ter se somado a um olhar mais benéfico em relação às eleições no Brasil, o que favoreceu a queda", disse Durval Corrêa, assessor financeiro da Via Brasil Serviços.

Segundo Corrêa, o clima dos negócios neste início de semana em nada lembrou os momentos de tensão da última semana, quando diversas pesquisas eleitorais foram divulgadas, trazendo incerteza e especulação às mesas de câmbio. "O dólar vinha num crescente, chegou aos R$ 4,12, mas esse movimento de certa forma se esgotou, porque era em boa parte especulativo. E o Banco Central não interveio, mostrando que não estava preocupado, uma vez que a alta ocorria com baixos volumes negociados", disse o profissional.

Ainda sob o clima de incerteza, o dólar chegou a subir 0,25% pela manhã, ao alcançar a máxima do dia, de R$ 4,1159. A influência externa acabou por determinar o viés de baixa ainda no período matutino e a cotação chegou à mínima de R$ 4,0499 (-1,36%).




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