O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, disse que vai renunciar ao cargo e a seu assento no Parlamento na sexta-feira, 24, se membros de seu partido, o Liberal, não cessarem as tentativas de derrubá-lo.
"O que testemunhamos até o momento é um esforço muito deliberado de levar o Partido Liberal bastante para a direita", disse Turnbull a jornalistas nesta quinta-feira, 23. "Uma minoria tem tentado, em um processo de intimidação, persuadir as pessoas de que a única forma de interromper a insurgência é se entregar a ela. Mas eu nunca me entreguei a valentões."
Se de fato Turnbull renunciar ao Parlamento, uma eleição suplementar seria convocada, o que colocaria em risco a apertada maioria que o governo tem no Parlamento australiano. Seu sucessor teria então de convocar eleições gerais para contornar a crise.
A pressão sob Turnbull tem sido exercida principalmente por aliados de Peter Dutton, que já fez parte do gabinete do atual governo, mas tem operado nos bastidores do Partido Liberal para destituí-lo.
Três ministros de Turnbull, aliados de Dutton, comunicaram ao premiê que ele não tem mais apoio e que deveria deixar o cargo.
Na terça-feira, o primeiro-ministro venceu uma votação que colocava sua liderança no partido em questão por 48 a 35, o que lhe garantiu sobrevida no poder.
Turnbull tem 63 anos e assumiu como primeiro-ministro em setembro de 2015.
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