Pesquisa corrobora Ibope e mostra que, mesmo preso, petista está à frente na corrida presidencial; tucano segue no topo ao Estado
Levantamento eleitoral realizado pelo Datafolha confirmou os cenários à Presidência da República e ao governo do Estado mensurados pelo Ibope. Apesar de detido desde abril na superintendência da PF (Polícia Federal), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrado pelo PT como candidato do partido ao Planalto, e o ex-prefeito de São Paulo João Doria, nome do PSDB na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, estão na liderança dos respectivos cenários.
No Datafolha, encomendado pelo jornal Folha de S.Paulo, Lula é citado por 39% dos entrevistados. O índice é maior que o dobro das intenções de voto do segundo colocado, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), que atingiu 19%.
Longe dos dois primeiros colocados aparecem a ex-senadora Marina Silva (Rede), com 8%, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), com 6%, o ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT), com 5%, e o senador paranaense Alvaro Dias (Podemos), com 3%.
João Amoêdo (Novo), com 2%, Guilherme Boulos (Psol), Henrique Meirelles (MDB), Cabo Daciolo (Patriota) e Vera Lúcia (PSTU), com 1%, também foram citados pelos entrevistados. João Goulart Filho (PPL) e José Maria Eymael (DC) não pontuaram. Outros 14% disseram que votarão em branco, nulo ou não responderam.
Assim como o Ibope, o Datafolha mediu a força do provável substituto de Lula na corrida eleitoral, o ainda candidato a vice Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo. Como a tendência é que Lula seja enquadrado na Lei da Ficha Limpa por condenação em segunda instância – no caso do triplex, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro –, Haddad deve assumir a campanha petista à Presidência.
No cenário com Haddad, então, o candidato petista chega a 4% das intenções de voto, empatado com Alvaro Dias. O líder é Bolsonaro, com 22%. Marina Silva vira vice-líder, com 16%. Ciro tem 10% e Alckmin, 9%. Mas, sem Lula, o que sobe é o índice de indecisos: 28% dizem não saber, não responderam ou avisaram que anularão ou votarão em branco.
O Datafolha também mensurou a força dos presidenciáveis no segundo turno, em diversos cenários. O índice que chama atenção é o fato de, testado, Bolsonaro só vencer Haddad em etapa derradeira (38% a 29%). De resto, ele perde para Lula (52% a 32%), para Marina (45% a 34%), para Alckmin (38% a 33%) e para Ciro (38% a 35%).
Para presidente, o Datafolha ouviu 8.433 eleitores, em 313 municípios, entre segunda e terça-feira. A margem de erro é de dois pontos percentuais. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob número BR-04023/2018.
SÃO PAULO - Na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, Doria está na frente, segundo Datafolha. O tucano foi citado por 25% dos entrevistados, enquanto o presidente licenciado da Fiesp, Paulo Skaf (MDB), tem 20%. A distância, diferentemente do Ibope, foge da margem de erro, de dois pontos percentuais.
Empatados na terceira colocação estão o atual governador do Estado, Márcio França (PSB), e o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT), ambos com 4%. Eles estão tecnicamente iguais com Major Costa e Silva (DC), Lisete Arelaro (Psol) – os dois têm 2% de intenções de voto –, Marcelo Candido (PDT), Professor Claudio Fernando (PMN), Rodrigo Tavares (PRTB), Toninho Ferreira (PSTU) e Rogério Chequer (Novo) – todos com 1%.
Dois estratos chamam atenção no levantamento na corrida paulista. O primeiro é que Doria contabiliza 23% das intenções de voto de eleitores da Capital, ante 22% de Skaf. O segundo que o tucano é o líder de rejeição, com 37%. Skaf atingiu 21% nesse quesito, enquanto Marinho tem 19% e França, 15%.
O Datafolha ouviu 2.018 eleitores em 50 municípios paulistas entre segunda e terça-feira. O levantamento está registrado no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) sob número SP-0812/2018.
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