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Haddad diz que usará reservas para investir em infraestrutura
20/08/2018 | 02:35
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O candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad, afirmou que, caso o partido ganhe as eleições, vai incentivar as parcerias público-privadas (PPP) em energia eólica e renovável, em um modelo que comparou à criação do ProUni, na gestão Lula.

"É um grande campo de expansão para gerar emprego. Vamos usar parte das reservas internacionais, cerca de US$ 30 bilhões, para investir em infraestrutura", disse Haddad em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, na madrugada desta segunda-feira, 20. O ex-prefeito de São Paulo vai disputar a Presidência como cabeça de chapa caso a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva seja impugnada.

Questionado sobre como vai promover essas medidas com o rombo nas contas públicas, Haddad disse que o partido propõe uma trajetória mais longa de ajuste fiscal e não um "freio de arrumação", usado, segundo ele, pelo governo atual e proposto por economistas liberais.

"Aqueles que querem dar choque recessivo, aumentando imposto e diminuindo gasto, vão provocar menos crescimento. Tudo vai depender da trajetória de ajustamento. Você vai ter uma trajetória mais longa sem produzir esse drama que o governo está produzindo."

As medidas que seriam adotadas, disse ele, são a imposição de tributação para lucros e dividendos, o aumento da renda das famílias mais pobres para "fazer a roda da economia girar" e a queda dos juros.

As medidas incluiriam a isenção de imposto de renda para famílias que têm renda de até cinco salários mínimos e a reforma bancária. Para diminuir o spread, o PT propõe uma tributação progressiva de spreads. "Não vamos terminar o próximo mandato sem atacar o custo do crédito no Brasil."

Na segurança pública, o programa petista aposta na federalização do combate ao crime, com o fortalecimento do contingente da Polícia Federal, disse Haddad.

Empresários

Na entrevista, Haddad ainda criticou a parcela de empresários que ficam "aplaudindo" o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro. "O Lula conviveu bem com empresários que agora jogaram no atraso, ao invés de resgatar um plano que deu certo. O plano que vinha acontecendo no Brasil era um ganha-ganha, bom para todo mundo", disse.




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