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Diário do Grande ABC
18/08/2018 | 11:39
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Arte/DGABC


Morte sempre foi assunto desagradável. Entretanto, quando se perde um familiar, o mínimo que as pessoas esperam é agilidade para a resolução dos trâmites legais para que, posteriormente, possam se despedir do ente querido. Para os moradores de Mauá, entretanto, esta é uma realidade que parece cada vez mais distante. Isso porque a reabertura do IML (Instituto Médico-Legal), fechado há duas décadas, está atrasada e sem perspectivas de ter uma data para ocorrer.

O IML, assim como outras questões importantes da cidade, esbarra no momento político conturbado que o município atravessa desde 9 de maio, quanto o prefeito eleito, Atila Jacomussi (PSB), foi preso pela Polícia Federal no âmbito da Operação Prato Feito.

Segundo funcionário ouvido pela reportagem deste Diário, tudo estava pronto para o início das obras de reativação do prédio que abrigará o equipamento público, dentro do Cemitério Santa Lídia. Até o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), estava convidado para a solenidade. Mas aí ocorreu a detenção do chefe do Executivo e os planos tiveram de ser mudados.

Então, Alaíde Damo (MDB) assumiu a Prefeitura e não mais tocou no assunto. Assim, nada foi feito no local e o prédio hoje é utilizado como depósito de caixões e acomoda o serviço funerário do município.

Enquanto isso, as ocorrências mauaenses são transferidas para Santo André, que hoje realiza média mensal de 87 necrópsias, enquanto São Bernardo faz 46 e Diadema, 26. Este excesso de demanda, certamente, resulta em maior tempo para a consumação dos procedimentos legais, o que ocasiona demora na liberação dos corpos e sofrimento às famílias em momento já tão doloroso.

Questionada, a Secretaria da Segurança Pública do Estado diz que cabe à Prefeitura de Mauá realizar as obras necessárias para que a equipe de peritos possa atuar. O Executivo mauaense, por sua vez, sequer respondeu aos questionamentos da reportagem. O que mostra o quanto se preocupa com este assunto. 




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