Setecidades Titulo Um segue foragido
Polícia prende um dos acusados pela morte de estudante andreense

Erick Cordeiro Pereira Soares, 18, seria o piloto da moto durante latrocínio que vitimou Paula Freitas Silva, 18, há oito dias; garupa continua foragido

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
18/08/2018 | 07:00
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Nario Barbosa


Policiais do 6º DP (Vila Mazzei) prenderam, na tarde de ontem, um dos acusados pelo latrocínio da estudante Paula Freitas Silva, 18 anos, baleada há uma semana após entregar celular e bolsa para a dupla de assaltantes, no Jardim Aclimação, em Santo André. Com auxílio de retrato falado, divulgado na quarta-feira, o rapaz que dirigia a moto – modelo XRE 300 – no dia do crime foi identificado pela polícia como Erick Cordeiro Pereira Soares, 18. Ele foi detido em sua residência, no Jardim Irene 4, e já tinha passagem pela polícia por crime de receptação.

O garupa – responsável pelo disparo que tirou a vida de Paula – também já foi identificado pelos policiais. Eduardo Marques Filho, 18, conhecido como Dudu, está foragido. O jovem tem três passagens pela polícia: por receptação, por roubo e ato infracional por dirigir sem carteira de habilitação.

O chefe dos investigadores do distrito, Josemar Silva, disse que o retrato falado foi desenhado com exatidão, o que ajudou a reconhecer a dupla, principalmente após divulgação na mídia. “O telefone do DP não parou de tocar. Recebemos diversas denúncias anônimas, inclusive com o perfil nas redes sociais dos suspeitos, o que facilitou muito a investigação. Os retratos são perfeitos, parecem foto deles.”

De acordo com a equipe de investigadores responsável pela prisão, o jovem tentou reagir. O pai dele, que estava na casa, tentou ajudar o filho, mas foi detido pelos policiais. Em depoimento, Soares negou a participação no roubo seguido de morte e afirma que não conhece Dudu.

Na delegacia, uma das garotas que estava com Paula na hora do assalto reconheceu Soares como piloto da moto. Na casa dele, a polícia apreendeu a roupa que ele usava no momento do crime e, inclusive descrita pela testemunha em depoimento anterior. A colega foi a principal colaboradora para que o retrato falado fosse produzido.

A moto usada no dia do crime ainda não foi encontrada. A polícia acredita que, por se tratar de modelo caro (cerca de R$ 18 mil), tenha sido roubada e descartada pela dupla logo após o crime. A arma de onde saiu o disparo que matou Paula também não foi localizada.

O CASO

O crime aconteceu na Rua Paulo Emílio Sales Gomes, altura do número 100. Por volta das 19h10 do dia 10, a jovem estava a caminho da escola, na companhia de uma amiga. Enquanto parou para usar o banheiro de um bar que fica na rua ao lado, a dupla que ocupava a moto abordou a colega, que esperava no muro da escola na companhia de duas meninas.

Os homens, que estavam de moto, anunciaram o assalto e, segundo a amiga, Paula entregou o telefone e disse “tá bom, toma o celular”. O garupa teria ficado irritado, achou que a jovem havia debochado dele e atirou contra o seu peito.




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