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Cássio mostra semelhanças com ídolo Gylmar no gol corintiano e cresce em decisões
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15/08/2018 | 11:46
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Daniel Augusto Jr./ Ag. Corinthians


Cássio é o goleiro mais vitorioso da história do Corinthians, mas isso não garante ao gaúcho de 31 anos, nascido em Veranópolis, o título de maior goleiro dos quase 108 anos de história do clube. Para muitos, este privilégio ainda é de Gylmar dos Santos Neves, dono da camisa 1 entre os anos de 1951 e 1961, que morreu em 2013, aos 83 anos.

Se Gylmar era mais técnico e tinha boa colocação debaixo do gol, Cássio, por causa da grande estatura (1,95 metro contra 1,81 do ex-goleiro), possui um estilo mais plástico e se torna um grande obstáculo para os adversários nas cobranças de pênalti.

Mas uma coisa os dois "guarda-metas" (como eram chamado os goleiros nos anos 50) têm em comum: fecham o gol em jogos importantes e falham em partidas de menor expressão.

Gylmar fez parte do lendário time campeão do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo, em 1954 (decidido diante do Palmeiras, em fevereiro de 1955), ao lado de Idário, Cláudio, Luisinho, Baltazar, Carbone e Simão. Depois de 10 anos no Parque São Jorge, teve de deixar o clube após surra por 7 a 3 para a Portuguesa. O presidente corintiano Wadih Helou o responsabilizou pelas derrotas do time.

Foram 395 jogos pelo Corinthians, com a conquista de três títulos do Campeonato Paulista e dois do Torneio Rio-São Paulo. Aos 31 anos, Gylmar foi para o Santos e fez parte da maior equipe de futebol de todos os tempos com Zito, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Acumulou taças. As principais foram o bi da Copa Libertadores e do Mundial Interclubes. Também foi campeão com a seleção nas Copas do Mundo de 1958 e 1962.

Cássio é titular do Corinthians desde as oitavas de final da Copa Libertadores de 2012. Foi campeão paulista três vezes (2013, 2017 e 2018), duas do Campeonato Brasileiro (2015 e 2017), uma da Recopa Sul-Americana (2013), da Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa (ambas em 2012). Mas chegou a ser questionado e até perdeu lugar para o reserva Walter, em 2016, quando o técnico era Tite - que preferiu Alisson a ele como titular na seleção brasileira durante a Copa do Mundo da Rússia.

Cássio é capaz de pegar uma série de pênaltis, como no Paulistão deste ano contra São Paulo e Palmeiras, e fazer "milagres" como diante do Botafogo, no Brasileirão, ou frente ao Colo-Colo, na Libertadores. Mas falha demais. Basta lembrar do último clássico contra o São Paulo ou a virada sofrida para a Chapecoense. Uma vez ele chegou a admitir "falta de concentração" após gol sofrido em lance fácil. Ambos, porém, sempre tiveram crédito com a torcida.




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