Os distúrbios explodiram quando cerca de mil manifestantes se reuniram no centro de Tallin para protestar contra o projeto de transferência. A polícia estônia usou jatos de água para dispersar a multidão.
Os jovens obrigados a abandonar a área do monumento atacaram vários comércios do centro da capital. Mais de 300 foram detidos durante as seis horas de enfrentamentos.
A vítima, identificada como um homem de 20 anos chamado Dimitri, aparentemente morreu vítima de uma facada.
"Não existe razões para estabelecer uma relação entre a morte de Dimitri e a ação da polícia", declarou a promotoria estônia.
O anúncio da transferência de um monumento do centro da capital para a periferia incomodou a Rússia, que o considera uma homenagem às pessoas que venceram o fascismo durante a guerra, enquanto que, para muitos estônios, trata-se de uma recordação dolorosa de quase 50 anos de ocupação soviética.
O presidente do Senado russo, Serguei Mironov, pediu nesta sexta-feira a ruptura das relações diplomáticas com a Estônia.
Estônia, ex-república soviética, se tornou independente de Moscou em 1991 e, em 2004, entrou para a União Européia e a Otan. No país, no entanto, continua vivendo uma importante minoria russa, que se instalou durante o período comunista.
Desde 1991, Moscou acusa o país de violar os direitos dessa minoria.
O governo estônio manteve uma reunião de emergência pela manhã e ordenou a transferência do monumento para um local secreto, diferente do previsto.
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