Em Pequim, uma autoridade militar advertiu que Taiwan poderia provocar uma operação do exército chinês se o presidente Chen realmente programasse o plebiscito. Entretanto, os analistas descartaram essa possibilidade de imediato, lembrando que ao que parece, se avança para uma desativação da crise.
Os exercícios anti-submergíveis, de defesa aérea e marítima, estavam previstos para o próximo dia 15, em frente a Hualien, na costa leste da ilha, segundo o China Times.
A China condenou as declarações do presidente Chen como um passo a mais para a independência da ilha, cuja integração ao continente exige.
No terreno político, um deputado do Partido Democrata Progressista (DPP) do presidente Chen, Trong Chai, desistiu também de apresentar, como estava previsto, um projeto de lei sobre um plebiscito, o que teria aumentado a irritação de Pequim.
Este gesto de distensão ocorre depois que o presidente Chen explicou que os meios de comunicação tinham deformado suas declarações do sábado, que originaram a nova crise com Pequim.
Na capital chinesa, uma alta autoridade militar não identificada qualificou as declarações do presidente taiwanês de "provocação" e advertiu que o uso da força continuava sendo duma possibilidade.
O militar reafirmou que Pequim deseja uma reunificação pacífica da ilha e do continente, separados há mais de meio século, mas também destacou "a necessidade para o continente de prosseguir seus preparativos militares para apoiar e incentivar uma reunificação pacífica".
No início desta semana, o Governo chinês advertiu que o presidente Chen arrastaria os taiwaneses à catástrofe se continuasse com sua idéia de plebiscito. Mas a China não adotou nenhuma represália.
Um editorial do Diário do Povo, órgão do Partido Comunista, também lembrou a Taipé que uma secessão seria perigosa.
"Seria inútil tentar modificar a situação atual separando Taiwan da China e isto poderia levar Taiwan à guerra", disse o jornal.
Em várias ocasiões, Pequim já ameaçou recorrer à força contra a ilha, separada do continente desde a tomada do poder em Pequim pelos comunistas em 1949, se fosse apresentada uma separação formal.
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