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Defenderei a região sem olhar partido político, afirma Carla

Estreante, primeira-dama de São Bernardo disputa vaga na Assembleia, fala em resgatar trabalho de Morando, mas cita ações próprias

Raphael Rocha
05/08/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Primeira-dama de São Bernardo e mulher do prefeito Orlando Morando (PSDB), Carla Morando (PSDB) estreia neste ano nas urnas com discurso de, se eleita deputada estadual em outubro, atuar por todo o Grande ABC sem olhar coloração partidária. “Vou defender os projetos que envolvem o Grande ABC, independentemente do governo da cidade, isso não vai me interessar. A política precisa olhar mais para o povo do que para o partido e para os interesses da política local. Quem sofre muito com isso é a população. Projetos bons precisam ser continuados. Vou brigar por eles. Pode ter certeza, porque, para isso, sou briguenta”, discorreu Carla, em visita ao Diário.

O nome da tucana foi confirmado na corrida eleitoral no dia 26 e homologado por seu partido dois dias depois, na convenção do PSDB. Ela terá a missão de tentar recuperar a cadeira que foi do marido até 31 de dezembro de 2016, quando ele renunciou ao cargo na Assembleia para assumir a Prefeitura de São Bernardo.

Ela admite que carregar o sobrenome Morando é responsabilidade grande e que buscará resgatar legado do trabalho do tucano no Parlamento paulista. Porém, garantiu que terá sua própria trajetória. “Tenho uma boa escola e isso vai me ajudar, na questão de votos, de conhecimento, porque o Orlando é muito conhecido. Eu ainda sou formiguinha. É uma responsabilidade muito grande. Mas terei o olhar para a mulher, para o terceiro setor. Até porque foi o social que me tirou do estado de não política para política”, argumentou Carla, citando o trabalho no Fundo Social de Solidariedade.

Dentre os projetos que pretende encampar, Carla citou tirar do papel a Linha 18-Bronze do Metrô, que ligaria o Grande ABC à rede metroviária e que desde 2014 segue travada; batalhar pela modernização da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que atende a região; e brigar para que Ribeirão Pires tenha acesso direto ao Rodoanel. “Mas também quero representar as mulheres. Somos nós quem mais usamos os serviços públicos, seja no transporte, na Saúde.”

MUDANÇA DE ROTA
Carla admitiu que não tinha pretensões eleitorais e que até a família foi reticente no primeiro momento. Porém, segundo ela, o movimento surgiu de fora do gabinete de Morando. “Clientes que frequentavam a minha loja falavam que, se eu saísse candidata, votariam em mim. Perguntei ao Orlando de onde saía aquilo, ele também não sabia. A gente nunca cogitou de eu ser candidata a nada, até porque temos o exemplo do ritmo do Orlando, que pouco para em casa. Mas recebi esses pedidos como missão. Missão de gente que quer ver mudança na política e que vê a transformação que o Orlando tem feito em São Bernardo.”

Indagada se pode ser a mais bem votada do PSDB, como projetou o prefeito da Capital, Bruno Covas (PSDB), Carla evitou euforia. “Se eu ganhar, já está muito bom.”




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