A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, disse, em entrevista ao programa Central das Eleições, da GloboNews, que não vai revogar a reforma trabalhista, mas vai corrigir "pontos draconianos" da legislação.
Entre eles, Marina citou a exposição de grávidas e lactantes a ambientes insalubres em caso de ausência de laudo médico e o ponto que diz que os custos de uma ação trabalhista serão pagos por quem perder o processo, o que, segundo ela, tem desestimulado os trabalhadores a entrarem na Justiça contra as empresas.
A pré-candidata criticou a reforma aprovada pelo governo Michel Temer porque, segundo ela, foi feita às pressas e sem discussão e, no fim, criou insegurança jurídica. Marina disse que manteria o fim do imposto sindical, mas que é preciso definir como os sindicatos vão existir e com que forma de contribuição.
Sobre a reforma da Previdência, a ex-ministra do Meio Ambiente evitou expor suas opiniões. Ela foi instada a falar sobre a idade mínima, mas disse apenas que propõe o debate sobre o assunto. "A minha opinião é de que devemos fazer o debate. Em relação à idade dos homens e mulheres, quero debater com os especialistas." Ela completou que os privilégios da aposentadoria dos militares têm de ser encarados.
Alianças
Sobre a aliança entre Rede e Podemos no Rio, beneficiando o pré-candidato ao Governo do Estado Romário (Podemos), Marina sugeriu ter ficado pouco satisfeita. "No Rio de Janeiro, eu queria manter a candidatura do Miro (Teixeira, deputado federal), mas ele resolveu que iria fazer aliança com o Romário. Meu palanque vai ser do Miro. Não estou em aliança com o Romário, o palanque dele é do Álvaro Dias (pré-candidato à Presidência do Podemos)", disse, negando ter um comportamento incoerente em relação as alianças.
Segundo ela, o posicionamento da Rede é de autonomia dos Estados. "Diziam que a Rede seria o partido da Marina. Não sou dona da Rede. Dou a minha opinião, se sou ouvida, ótimo, mas entendo o partido como um movimento."
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