Política Titulo Corrida presidencial
Candidato a vice pelo Novo defende agenda de privatização

Para Christian Lohbauer, população vai entender necessidade de reduzir o tamanho da máquina

Raphael Rocha
23/07/2018 | 07:33
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Pré-candidato a vice na chapa encabeçada por João Amoêdo (Novo), o cientista político Christian Lohbauer (Novo) acredita que, diferentemente de outras eleições, o discurso de privatizações de estatais será melhor aceito pela população. “O Brasil tem cerca de 150 estatais. Elas contabilizam prejuízo de R$ 30 bilhões ao ano.”

Nas últimas eleições, a agenda de privatização afugentou eleitores, em especial citando a concessão da Vale do Rio Doce à iniciativa privada. Lohbauer, que utilizará o nome de urna Professor Christian, afirma ser possível convencer o brasileiro da necessidade de transferir ao mercado privado diversos setores públicos. “A Petrobras tem gestão ineficiente, quase foi assassinada em sua estrutura. Poderia funcionar com sua maioria privada, até porque virou exemplo de indicações políticas, de caciques. Ela sofreu um achaque, assim como a Eletrobras”, argumentou ele, em visita ao Diário.

Amoêdo tem prometido reduzir para 12 o número de ministérios no País – atualmente são 29, entre Pastas diretas e secretarias com status de ministérios. “Das 150 estatais, seria possível privatizar de 100 a 120. A Caixa Econômica e o Banco do Brasil, por exemplo, poderiam passar por esse modelo, o Brasil teria quatro grandes bancos, regulados pelo mercado. O Estado focaria no que é necessário: Saúde, Educação e Segurança Pública.”

Outra agenda que o Novo se compromete a defender e que causou forte rejeição popular será a reforma da Previdência. Nas contas de Professor Christian, se nada for feito, o regime previdenciário brasileiro entra em colapso em três anos.

Professor Christian alegou ser “muito difícil” uma vitória na corrida presidencial, porém, com o alto número de candidatos e uma ojeriza da população com a política, é possível sonhar. “Hoje o João é citado por 2% dos eleitores em pesquisas. Vamos trabalhar para ele chegar a 5% quando o horário eleitoral gratuito na TV e no rádio começar, assim poderemos participar dos debates. Então, teremos mais tempo para apresentar nossas propostas, mostrar de fato o que o Brasil precisa”, discorreu. “E se o João for eleito, estimamos ter 35 deputados. Sabemos que a relação com o Congresso será difícil, mas meu papel como vice será justamente ter essa interlocução, serei um executivo. Vamos fazer política com P maiúsculo. 




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