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Viva a França!

Capital Paris é ponto de partida para quem quer conhecer os encantos do país

Vinícius Castelli
19/07/2018 | 07:00
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Pixabay


 Cidades graciosas, algumas pequeninas, outras grandes. Pães, queijos, patês, vinhos, champanhes. Enormes avenidas e ruelas que parecem ter sido esquecidas no tempo. As melhores fragrâncias de perfumes, ruas charmosas, arquitetura de tirar o fôlego e muita história para contar. Montanha, mar, parques, flores e povo elegante. É a França, cuja seleção ganhou o bicampeonato na Copa do Mundo da Rússia e que está de portas abertas para receber o turista.

Difícil pensar em uma viagem ao destino sem incluir ou começar pela sua capital, Paris. Pontos positivos de se estar na cidade são diversos. Negativos, um: a vontade de querer voltar sempre e deixar outros locais de lado. Brincadeiras à parte, a Cidade Luz, como é carinhosamente conhecida, é um dos destinos mais incríveis do planeta e merece cada segundo e centavo investidos.

Mas antes de embarcar, anote na memória algumas palavrinhas básicas, como bonjour (bom dia) merci (obrigado), salut (oi) e s’il vous plait (por favor). Para os franceses, saber que o visitante tem conhecimento básico do idioma fará a diferença. E, sim, eles dão mais atenção quando recebem um bom dia.

Paris é dividida como se fosse um caracol, por arrondissements, que nada mais são do que divisões administrativas da cidade. E que tal começar o passeio pelo primeiro deles, no meio dela, onde fica o Museu do Louvre (www.louvre.fr)? A construção, que data de 1190, impressiona por si só. Dentro, então, nem se fala. O local conta com uma das mais importantes coleções de arte do mundo. Fora dele, aproveite, principalmente na primavera e no verão (de março a setembro), o que fica no entorno, os Jardins du Carrousel et des Tuileries.

De lá, saia caminhando pela borda do Rio Sena – se possível, aliás, vale fazer um passeio nos tradicionais bateaux (barcos), que navegam pelo local. No quarto arrondissement fica a famosa catedral Notre Dame, na Île de la Cite (uma ilha mesmo no meio de Paris). Obra gótica, teve sua primeira pedra colocada em 1163 e foram 170 anos de trabalho até o fim de sua construção. É uma grande obra de arte a céu aberto, algo bem típico.

Cartões-postais são vários, mas para que escolher um quando é possível se deliciar em todos? A Torre Eiffel (ww.toureiffel.paris/fr) talvez seja o mais conhecido. Dia ou noite tem fila para subir e curtir a vista deslumbrante. Avisita custa a partir de R$ 45, em média. Vale cada tostão. Em dias quentes as pessoas fazem piquenique atrás dela, no gramado do Parque Champ de Mars.

Não longe dali está o Arco do Triunfo, que ilustra a famosa Avenida de Champs Élysées, que desemboca no Louvre. Ande com calma e descubra cada canto das ruas adjacentes. Do outro lado da cidade está a região de Montmartre, onde foi gravado o filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Visite a Praça dos Artistas e surpreenda-se com a vista do único morro da cidade, onde fica a basílica do Sacré Couer (www.sacre-coeur-montmartre.com).

Paris é mais, muito mais. É destino ideal para se perder sem medo de ser feliz. A cada esquina e ruela, uma boa descoberta. Não deixe de sentar nos cafés, peça algo para beber e veja a vida parisiense, cheia de poesia, acontecer.

Versalhes e Giverny são opções imperdíveis perto da região parisiense
Imagine um cenário com ruas calmas, casas centenárias e um dos palácios mais importantes do mundo. E o melhor: pertinho de Paris. Versalhes, cidade que fica a 34 quilômetros da capital francesa, merece a visita, ainda que seja de apenas um dia. O local pode ser acessado de carro e trem. O bilhete de ida e volta custa, em média, R$ 21. A viagem leva em torno de 35 minutos.

A cidade abriga o Palácio de Versalhes (www.chateauversailles.fr). Foi lá que o rei Luís XIV instalou a sede de seu governo e a corte, em 1682. Maria Antonieta, que morreu na guilhotina, também residiu lá. O local, declarado patrimônio da humanidade pela Unesco, promove uma viagem ao passado e vale um dia todo de visita. Olhe o interior do Palácio com calma. Perca-se na famosa Sala dos Espelhos, que foi palco de festas grandiosas. Quartos, móveis e corredores se perdem aos olhos dos visitantes. O Jardim do Palácio é algo à parte. Com projeto paisagístico assinado por André Le Nôtre, é ilustrado por belas fontes, estátuas e ainda um enorme canal. A entrada custa a partir de R$ 40.

A pitoresca Giverny, a 78 quilômetros de Paris, é daquelas cidades com flores por todos os lados. Merece ser vista ainda que em um bate e volta. Ficou conhecida por ter abrigado o pintor Claude Monet, que retratou os jardins do local onde morou– aberto para visita – na região.

França vai muito além da sua capital
É claro que quando se pensa na França, Paris, muitas vezes é o primeiro destino que vem à cabeça. E não por menos, já que é dona de tanta beleza, construções históricas, charme e várias opções a serem desbravadas. Mas o país é dono de diversas outras ‘pinturas’. O francês Mathieu Claudel, 34 anos, nascido em Estrasburgo, viveu em Santo André – onde tem família – por vários anos. Acaba de voltar para seu país de origem. Conhecedor nato das belezas francesas, dá ao Diário várias dicas para quem gosta de viajar.

É claro que ele recomenda a capital. “Quem vai para a França pela primeira vez tem de ir para Paris para descobrir tudo o que há por lá. A dica que sempre dou, depois da primeira vez na cidade, é tentar sair para outros lugares”, explica. Para ele, um dos lugares mais belos da França é a região onde nasceu, da Alsace, conhecida como Du Grand Est (do Grande Leste). “Tem uma influência alemã muito forte na parte de arquitetura. As casas parecem bastante com a Alemanha”, diz.

Uma cidade em particular que ele cita é Estrasburgo, capital dessa região. “Perto das montanhas, então, você vê aqueles castelos, ruínas. Dá para fazer trilhas até esses locais, organizar piquenique. Tem a rota bem famosa do vinho, com muitas vinícolas”, explica. Claudel lembra que é uma região bem famosa em dezembro, por conta dos mercados de Natal. “A cidade fica bem decorada, vendem muitos itens. Tem bastante coisa legal e é um local muito conhecido”, diz.

Ainda na região do Grande Leste, aos pés dos alpes Vosges, está Colmar, cidade que o francês diz que todo mundo deve conhecer. “É considerada a Veneza da região. É muito florida e bonita”, afirma. Em torno de seu canal, várias casas estilosas dão ainda mais charme ao local.

Para quem quiser ir para o Sul da França, Claudel indica a região de Nice, que é perto de Cannes, onde tem o festival de cinema, próxima também de Mônaco. “Nice é uma cidade muito bonita. Tem duas partes, a antiga e a mais nova, que é perto do mar. É lindo. Um ponto turístico legal é que tem uma montanha na frente do mar. Quando chega em cima há um parque, de um lado se vê a baia da cidade e, do outro, o porto. É um cartão postal”, explica. Ele diz que vale a esticada tanto até Cannes quanto ao Principado de Mônaco.

Uma outra cidade que está no Sul e o francês destaca é Toulouse, dona de diversos parques, ilustrada pelo Rio Garonne e de interessantes museus, como o de História Natural e Belas Artes. “É universitária, bem jovem, com muitas coisas para fazer. É muito boa de se viver”, afirma.

Segundo ele, há uma particularidade: a maioria das construções é feita com pedra rosa. Por isso é chamada pelos locais de Cidade Rosa. Ela está situada em um ‘ponto-chave’ da França, que é perto da Cordilheira dos Pireneus. Está em uma situação ao lado do mar e das montanhas, próximo da Espanha.”




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