Peixes descansam, mas não chegam a dormir como seres humanos e outros animais. Eles apenas diminuem suas atividades para reduzir e economizar energia, sempre permanecendo em alerta a possíveis perigos a seu redor. 

Esses animais ficam como em stand-by e, mesmo durante o período de menor atividade, muitos precisam continuar nadando para que consigam respirar (retirar oxigênio da água), o que significa que necessitam estar em movimento constante. Poucos procuram abrigo para se proteger de predadores enquanto descansam, a exemplo de peixes que vivem em recifes de coral, sendo geralmente de menor porte. 

Os períodos de descanso dos peixes variam de espécie para espécie. Algumas que vivem mais no fundo do oceano, como tubarões, raias, bagres e tilápias, conseguem ficar imóveis por várias horas. Já os mais ativos, casos de sardinhas e atuns, que se movimentam a toda hora, podem somar apenas alguns minutos de relaxamento para recarregar as energias por conta da vida pelas águas.

Nos momentos em que estão ‘dormindo’, os olhos deles nunca fecham. Isso ocorre por conta de dois motivos principais. Primeiro, pela própria natureza física, uma vez que não possuem pálpebras (com exceção apenas de alguns tubarões em especial). O segundo ponto é que também acaba sendo forma de garantir eterna vigilância, mesmo quando estão com pouca atividade. Os olhos abertos são forma de perceber e agir rapidamente contra qualquer ameaça.

CURIOSIDADE

Existe quantidade enorme de animais aquáticos, que vai desde crustáceos microscópicos (aqueles que não conseguimos enxergar a olho nu) até as grandes baleias. Quase todos possuem olhos. O que muda são os modos de percepção de luz e movimento de cada animal. 

Os que vivem na água seguem a regra geral de estarem sempre de olhos abertos quando estão submersos. Mesmo os que possuem pálpebras, a exemplos de baleias e leões-marinhos, também parecem nunca dormir. 

Pergunta de Mateus Yuji Kimura, 4 anos, de Santo André.

Consultoria de Teodoro Vaske Júnior, professor assistente do departamento de Ambientes Pelágicos e Biologia Pesqueira da Unesp (Universidade Estadual Paulista) – Campus do Litoral Paulista.