Sem medo de opinar, apresentador recebe os mais variados convidados em novo 'Eletrogordo'
“Não tem problema, não gosto de Copa do Mundo.” Foi assim, de bate-pronto, que João Gordo respondeu à pergunta sobre a entrevista ser feita durante um dos jogos do Campeonato Mundial. Ele também revelou não saber consertar nada em casa – “só troco lâmpada” – ao ser questionado sobre o motivo do seu programa de entrevistas ter como cenário uma oficina.
“Foi uma ideia louca esse tema aí”, complementa. Assim, dizendo tudo o que quer, ele recebe convidados diversos toda segunda-feira na terceira temporada do Eletrogordo. O programa tem direção de André Barcinski – também responsável por Nasi Noite Adentro – completa a Faixa da Meia-Noite do Canal Brasil.
“Fiz maratona de 29 entrevistas em apenas uma semana, foram quatro ou cinco pessoas por dia”, lembra João. Fazem parte da lista desta temporada nomes como Rafael Ilha, Leandro Lehart, Jimmy Luv, Sula Miranda, Marcelo Tas, Didi Wagner, Leão Lobo e Leda Nagle. “Não tem roteiro, é bem freestyle mesmo. A maioria já conheço, né? Tenho intimidade.” O apresentador destacou, entre outros, o papo que teve com o músico e ator Arrigo Barnabé. “Foi bem interessante falar com ele, um ‘cara das antigas’.”
Sobre ele ser o ‘cara das antigas’, João Gordo, 54 anos, é modesto. “Sou velho. Não estou aprendendo mais nada agora, só ensinando. Tomei a consciência de que minha vida de louco acabou também. Estou perto dos 60 anos e conseguindo ser mais saudável (ele quase morreu algumas vezes; em 2000 chegou a ficar 23 dias na UTI devido a um derrame pleural).” Sobre a nova geração curtir seu trabalho, acredita que é mais por causa da sua banda, o Ratos de Porão, do que por causa dos programas que faz. João tem o canal Panelaço, no YouTube.
A música, aliás, é o que arranca muitos momentos de felicidade de João Gordo. Os palcos e sua família (ele é casado e tem dois filhos). O meio televisivo, segundo o apresentador, é mais para “ganhar dinheiro, encontrar as pessoas”. “A vida em si é muito complicada, então tenho que preservar o que gosto.”
Sobre o lado músico, João Gordo conta que tem um projeto que será criado com base nas letras que escreve. “Cada uma tem uma história, fala de um momento político do País.” Ele também está contribuindo com composições para outras bandas e acredita que seu livro, Viva La Vida Tosca (2016) – escrita por André Barcinski –, pode virar série e filme.
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