O comando da Polícia Militar no Grande ABC defende a regulamentação da atividade de flanelinha como forma de fiscalizar e punir abusos na região. Segundo o tenente-coronel Francisco Rissi Filho, comandante interino do CPA/M-6 (Comando de Policiamento Metropolitano 6), as prefeituras devem trabalhar na triagem, cadastro e controle dos guardadores de carro. A medida facilitaria o trabalho da polícia e proporcionaria tranqüilidade aos motoristas que estacionam em vias públicas.
"Por meio desta regulamentação, os municípios poderiam até definir os locais onde a atividade seria permitida. Os guardadores de carros poderiam usar coletes, crachás e fazer parte de um censo municipal. Caso alguma desobediência fosse registrada, o flanelinha seria punido ou até mesmo descredenciado", afirma.
A proposta funciona em cidades como Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Bauru, no Interior. Na região, porém, nenhum município demonstrou interesse em implementar normas para a atividade. Questionadas, as prefeituras reconhecem a presença dos flanelinhas nas ruas e afirmam que o serviço acontece na informalidade.
A forma mais comum de coibir a prática é implementando áreas de Zona Azul. O diretor do Departamento de Trânsito e Circulação de Santo André, Eric Lamarca, diz que a medida funciona, pelo menos durante o dia. "À noite, porém, boa parte volta às ruas. Em Santo André, apreendemos cones e cavaletes usados para guardar vagas. Já enfrentamos resistência nas proximidades do clube Aramaçan. É um trabalho complicado. A população deve colaborar, denunciando e, se preciso, registrando boletim de ocorrência na polícia."
A mesma orientação é passada pelos comandos das guarda municipais de São Caetano e São Bernardo. "As pessoas devem pedir ajuda em casos de constrangimento. Quando abordamos os flanelinhas procuramos identificá-los, até com pesquisa de antecedentes criminais, e encaminhá-los para a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania", diz o coronel Antônio Branco, de São Bernardo.
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