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Setor público tem déficit primário de R$ 8,224 bilhões em maio, diz BC
29/06/2018 | 11:03
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EBC


Em meio às dificuldades do governo na área fiscal, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 8,224 bilhões em maio, informou nesta sexta-feira, 29, o Banco Central. Em abril, havia sido registrado superávit de R$ 2,900 bilhões e, em maio de 2017, um déficit de R$ 30,736 bilhões.

O resultado primário consolidado do mês passado ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de déficit de R$ 13,000 bilhões a déficit de R$ 7,850 bilhões. Foi menor, entretanto, que a mediana negativa em R$ 10,165 bilhões.

O resultado fiscal de maio foi composto por um déficit de R$ 11,120 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 2,229 bilhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 1,946 bilhão, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 283 milhões. As empresas estatais registraram superávit primário de R$ 668 milhões.

Acumulado do ano

As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 933 milhões no ano até maio, o equivalente a 0,03% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central.

A meta de déficit primário do setor público consolidado considerada pelo governo é de R$ 161,3 bilhões para 2018.

O déficit fiscal no ano até maio pode ser atribuído ao rombo de R$ 13,766 bilhões do Governo Central (0,50% do PIB).

Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 12,861 bilhões (0,47% do PIB) no ano até maio. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 9,855 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 3,006 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado negativo de R$ 27 milhões no período.

12 meses

As contas do setor público acumulam déficit primário de R$ 95,885 bilhões em 12 meses até maio, o equivalente a 1,44% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central. Este porcentual representa o menor déficit desde fevereiro (1,43%).

O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em maio pode ser atribuído ao rombo de R$ 97,391 bilhões do Governo Central (1,46% do PIB).

Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram superávit de R$ 1,601 bilhão (0,02% do PIB) em 12 meses até maio. Enquanto os Estados registraram superávit de R$ 1,823 bilhão, os municípios tiveram saldo negativo de R$ 221 milhões. As empresas estatais registraram resultado negativo de R$ 95 milhões no período.

Déficit nominal

O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 47,896 bilhões em maio. Em abril, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 26,751 bilhões e, em maio de 2017, deficitário em R$ 66,989 bilhões.

No mês passado, o Governo Central registrou déficit nominal de R$ 46,212 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 1,615 bilhão, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 69 milhões.

No ano até maio, há déficit nominal correspondente a 5,77% do PIB, com saldo de R$ 159,458 bilhões.

Em 12 meses até o mês passado, o déficit nominal correspondeu a 7,21% do PIB, com saldo negativo de R$ 480,163 bilhões.

Gasto com juros

O setor público consolidado teve gasto de R$ 39,672 bilhões com juros em maio, após esta despesa ter atingido R$ 29,651 bilhões em abril, informou o Banco Central.

O Governo Central teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 35,092 bilhões. Já os governos regionais registraram gasto de R$ 3,844 bilhões e as empresas estatais, de R$ 736 milhões.

No ano até maio, as despesas com juros somaram R$ 158,526 bilhões (5,74% do PIB).

Em 12 meses, as despesas com juros atingiram R$ 384,278 bilhões até maio (5,77% do PIB).




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