Na esteira da piora das condições financeiras no Brasil e da greve dos caminhoneiros do fim de maio, o Banco Central (BC) reduziu sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, de 2,6% para 1,6%. O novo porcentual consta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que foi divulgado na manhã desta quinta-feira, 28.

Entre os componentes do PIB para 2018, o BC alterou de contração de 0,3% para expansão de 1,9% a projeção para a agropecuária. No caso da indústria, a estimativa recuou de +3,1% para +1,6% e, para o setor de serviços, a previsão desacelerou de +2,4% para +1,3%.

No lado da demanda, o BC reduziu a estimativa de crescimento do consumo das famílias, de +3,0% para +2,1%. No caso do consumo do governo, o porcentual projetado também caiu e o BC agora prevê contração, ao reduzir a previsão de +0,5% para -0,2%.

O documento agora divulgado indica ainda ligeira redução da projeção de 2018 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia - que foi de +4,1% para +4%.