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Briga motivou esquartejamento

Após consumo de álcool, discussão teria levado ao assassinato de homem em Sto.André; dois acusados seguem presos na cadeia pública da cidade

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
27/06/2018 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 Desentendimento após embriaguez foi o que ocasionou o assassinato de José Leilson Vieira da Silva, 49 anos, cujo corpo foi esquartejado e encontrado na madrugada de sábado, no bairro Homero Thon, em Santo André. Dois homens – André Luiz Paulo, 31, e Edson Braga, 51 –, foram presos no mesmo dia, quando apresentavam sinais de embriaguez. O depoimento, no qual confessaram o crime, só foi possível na segunda-feira, na cadeia pública andreense, onde estão presos temporariamente.

“Eles falaram que se reuniram na casa do André, ingeriram bebida alcoólica e começaram a trocar ofensas verbais quando se deu o fato”, contou o delegado do setor de homicídios de Santo André, Filipe de Moraes. O crime teria acontecido no fim da tarde de sexta-feira. A polícia não soube informar o motivo que desencadeou a briga e nem há quanto tempo o trio mantinha amizade.

Na versão de André, que já tem passagens pela Justiça por furto e roubo, a vítima teria dado início às agressões com um bastão de ferro e lhe atingido de raspão. O objeto não foi encontrado pela polícia. O indiciado, então, golpeou Silva na cabeça com uma marreta. “Aí, tinham que se livrar do corpo e a ideia foi seccionar, de forma que coubesse no carrinho de mão. Eles pegaram serrote do vizinho e depois que esquartejaram, devolveram”, disse Moraes.

Braga, que prestava serviço de pedreiro na casa de André, relatou que auxiliou no esquartejamento. Na casa dele, foram encontrados um par de tênis e uma camiseta da Seleção Brasileira sujos de sangue (o time havia jogado pela Copa do mundo, naquela manhã). Na residência de André, informações preliminares de exame pericial apontaram indícios de sangue em diversos pontos do imóvel.

A dupla responderá por homicídio qualificado e destruição de cadáver. Cumprindo prisão temporária, a polícia acredita que, com todas as provas substanciais, a detenção preventiva será decretada em breve.

 

ESCLARECIMENTO

O cão vira-lata Spike foi a peça chave para a polícia esclarecer o assassinato. O animal manco aparece nas imagens gravadas por câmeras de monitoramento acompanhando o dono, André, quando ele abandonava o carrinho de mão com os sacos de plástico na Rua Campo Grande, onde foram encontrados a cabeça, tronco e membros da vítima.

A polícia apresentou as filmagens a moradores do bairro, que reconheceram o cão como sendo de André e indicaram sua residência, na Rua General Antonio Neto. Quando os agentes chegaram ao local, a questão se confirmou.

 




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