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Legado de 'Jurassic Park'

Filme que trouxe dinossauros para mundo contemporâneo completa 25 anos de estreia

Por Luís Felipe Soares
25/06/2018 | 07:00
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 Colocar dinossauros no meio do mundo contemporâneo foi mais do que atração gerada por efeitos visuais. A diversão de apresentar esses seres para gerações que jamais os tinha visto longe dos livros de história e em réplicas dentro de museus marcou época no cinema nos anos 1990. Entre avanços tecnológicos e história que mescla aventura, ciência e terror, Jurassic Park – Parque dos Dinossauros (1993) foi responsável por revolução entre os blockbusters. Hoje faz 25 anos que o filme agitou as salas brasileiras e o aniversário especial tem sido lembrado por conta do seu poder de fazer com que seres extintos há muito tempo pudessem, por algumas horas, estar vivos outra vez.

O roteiro por trás do longa-metragem é baseado em livro homônimo do escritor norte-americano Michael Crichton (1942-2008) lançado em 1990, com trama bem mais densa do que a revelada ao grande público por meio da sétima arte. O desafio de levar as ideias de recuperação de DNA e clonagem de dinossauros para montar zoológico como nenhum outro ficou nas mãos – e na visão – de Steven Spielberg. Ele reinventou personagens, caso de versão mais ‘fofa’ do rico John Hammond, optou pela montagem de alguns animatronics quase perfeitos, como metade da poderosa T-Rex, e criou momentos memoráveis, a exemplo da primeira aparição dos Braquiossauros para os visitantes ao som da canção tema criada por John Williams (responsável por músicas de Tubarão, Indiana Jones e da saga Star Wars, entre outros).

“Não é só o pioneirismo dos efeitos visuais. Jurassic Park foi construído cuidadosamente em termos de tensão, drama e personagens carismáticos. Spielberg nunca esquece que assistimos a filmes por milhões de motivos, mas só nos conectamos com aquilo que é humano. Ele usa o sentido de ‘maravilhamento’ dos personagens como ponte para nosso próprio assombro”, explica Silas Chosen, colaborador do site Judão (www.judao.com.br), especializado em cultura pop.

Questões genéticas, teoria do caos, briga pela sobrevivência e resgate de ilha fora do controle fazem parte do recheio. O longa-metragem aborda diversos assuntos ao mesmo tempo em que se consolida no papel de filme de monstros. “O filme inspirou muito do que vemos no cinema fantástico. Acredito que sempre que temos algum monstro gigante, robô ou qualquer coisa que está lá para nos fazer sentir pequenos, temos que agradecer a Jurassic Park, assim como seus antepassados, como o artista de efeitos visuais Ray Harryhausen e os filmes de King Kong”, comenta Chosen.

Deixando a nostalgia de lado para quem acompanhou a obra em seu lançamento, não se trata de filme capaz de entrar em lista de melhores produções de todos os tempos. Seu poder está em surpreender o público com seu poderio audiovisual. Para o especialista em cinema, “gerou também o triste costume de ‘ignorar completamente o que é realmente cinema e se apoiar 110% nos efeitos visuais”.

A bilheteria mundial bateu a marca de US$ 1,029 bilhão de arrecadação, o bastante para colocá-lo em 28º na lista de maiores bilheterias da história. Foi o primeiro de franquia que conta com cinco filmes, o mais recente em cartaz (veja mais na página 3) e com um sexto capítulo agendado para 2021. O fator surpresa ficou para trás e é preciso que novos dinossauros apareçam para que outros espetáculos monstruosos continuem seu legado.




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