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Fusca é paixão Nacional e admirado em todo planeta

Dia Mundial do Fusca é comemorado hoje; data foi criada por brasileiro para homenagear o carro

Nilton Valentim
22/06/2018 | 08:18
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André Henriques/DGABC


No dia 22 de junho de 1934, na Alemanha, Ferdinand Porsche assinava com a Associação Nacional da Indústria Automobilística Alemã o contrato para desenvolvimento de um carro popular. Ali começava a trajetória do Fusca, um ícone da indústria automobilística, que se espalhou pelo mundo.

O brasileiro Alexander Gromow foi o idealizador da data comemorativa. Ele apresentou a ideia no Encontro Internacional de VW Antigos da cidade de Bad Camberg, na Alemanha, em 1995.

No Brasil, foram fabricadas 3,3 milhões de unidades. Produção ocorreu ininterruptamente entre 1959 e 1986. Depois, entre 1993 e 1996, voltou às linhas de produção a pedido do então presidente da República Itamar Franco. No mundo, são 21,5 milhões de unidades.

Apesar de ter saído de linha há mais de duas décadas, ainda há 827.234 exemplares do carrinho em circulação pelo Estado de São Paulo, segundo números do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), sendo que 381 deles pertencem a moradores do Grande ABC (veja detalhes na tabela abaixo).

A chegada ao Brasil ocorreu em 1950, quando 30 carros foram trazidos pela Volkswagen. Três anos depois, a montagem era feita em um galpão alugado , no bairro do Ipiranga, em São Paulo.
Até que em 1956 a empresa alemã iniciou a construção da fábrica de São Bernardo, que foi inaugurada em 1959.

Se inicialmente o Fusca despertava desconfiança pelo tamanho reduzido e o pequeno motor refrigerado a ar, com o passar do tempo começou a ganhar destaque como o carro que não quebrava. No início dos anos 1960 já era líder de vendas no País. E aí começaram os avanços. Em 1967 o motor passou de 1.200 cc para 1.300 cc. Três anos depois, chegada o Fuscão 1.500 cc e em, 1974, o 1.600 cc.

De São Bernardo saíram Fuscas para todo o Brasil e para o mundo, já que e a empresa começou a exportar o modelo. Ao longo da história o carro passou por 2.500 modificações. O que não mudou foi a paixão do brasileiro pelo carrinho, que é admirado até hoje.

De popular a objeto de paixão
Idealizado para ser o ‘carro do povo’, o Volkswagen sedã, ou Fusca, como ficou conhecido no Brasil, cumpriu bem a sua missão. De 1959 a 1986, período em que foi produzido ininterruptamente na fábrica de São Bernardo, serviu para quase todos os fins. Foi o carro da família, táxi (sem o banco dianteiro do passageiro), carro de polícia – a popular Baratinha –, de bombeiros e de uma infinidade de outros serviços.

Além de ter destaque nas ruas, virou música de sucesso, na composição que fala de uma mulher que trocou o companheiro pelo motorista de um Fuscão preto.

Dentre os motoristas habilitados entre os anos 1970 e 1990, quase a totalidade ‘pilotou’ um Fusca nas aulas da autoescola e também desafiou a rigidez dos examinadores no volante de um VW. Sem contar os que literalmente aprenderam a dirigir com o Fusca da família.

Com a fabricação oficialmente interrompida em 1986, o Fusca ainda voltou a ser produzido entre 1993 e 1996, quando a Volkswagen atendeu a um pedido do então presidente Itamar Franco, mas não teve o mesmo sucesso. Foi afetado por outros populares mais modernos, como Gol e Fiat Uno, que já estavam no mercado.

Hoje, o Fusca é cultuado por uma série de apaixonados pelo modelo. Gente que se reúne em eventos, como os que são realizados pela Autoshow Collection, todas as terças-feiras, no Sambódromo de São Paulo, passeios e encontros por todo o País, como os que ocorrem nos estacionamentos de shoppings, inclusive no Grande ABC.

Há também os clubes de aficionados pelo modelo. O mais famoso deles é o Fusca Clube do Brasil, fundado em maio de 1985. “Hoje nós contamos com 500 sócios ativos”, conta o diretor-presidente da entidade, Ervin Moretti. Entre os eventos organizados, ele destaca os chamados ‘pé na estrada’, quando os donos de Fusca são convidados a realizar viagens com seus carros. Em um deles, eles descem a Serra do Mar pela Estrada Velha de Santos. Neste ano foram mais de 70 veículos no comboio.

O Fusca Clube do ABC também se destaca. O grupo foi montado em 1998, pelos amigos Edivaldo Fernandes, o Edi, e Luciano Brandolim. “Na minha família sempre tivemos Fusca. Daí surgiu o amor pelo carro”, conta Edi, que hoje responde pela presidência do clube.

Outro que se destaca entre o fuscamaníacos é Celso Murbach, o Tiozão do Fusca. E seu carro tem nome e sobrenome, German Rato, e aparece em diversos vídeos publicados na internet. 




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