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Orquestra que ensina

Ossa cria projeto didático para crianças de escolas públicas e privadas da região

CAROLINE MANCHINI
Especial para o Diário
17/06/2018 | 08:58
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André Henriques/DGABC


O ano de 2018 está sendo mais do que especial para a Orquestra Sinfônica de Santo André, que completa 30 anos de existência. Para comemorar a data em grande estilo, foi desenvolvida série de atividades especiais.

Uma delas, chamada de Concerto Didático, idealizada pelo maestro da Ossa, Abel Rocha, visa atingir tanto estudantes de escolas públicas e privadas, quanto outras instituições de ensino da região. “O projeto é a forma que encontramos de mostrar às crianças que a música sinfônica faz parte do dia a dia delas, já que está presente em trilhas sonoras de filmes, comerciais e até mesmo de desenhos que elas assistem”, explica Rocha.

“De maneira lúdica, criamos repertório mais simples que possa ser compreendido pelo público infantil”, completa o maestro. Além disso, as apresentações – que tiveram início na quarta-feira e serão repetidas nos dias 18, 20, 22 e 25, sempre às 14h30 e às 15h45 – buscam incentivar a ida aos espaços culturais.

Ontem, o Diário acompanhou o concerto para cinco instituições, com crianças de 6 a 14 anos. Do grande saguão do Teatro Municipal de Santo André já se via a empolgação dos pequenos. Era difícil não notar o sorriso de orelha a orelha estampado no rosto de cada um. Depois de passarem pela entrada principal, seguiram em direção a escadaria que leva ao interior do teatro. Lá dentro, com a Ossa já no palco, as crianças sentaram-se silenciosamente nas poltronas de estofado vermelho.

A iluminação, combinando com os assentos, ajudou a despertar a sensação de que em breve começaria um grande espetáculo. Os três sinais tocaram e, para a surpresa de todos, entrou pela porta do lado oposto ao palco, o palhaço Tom Bento. Ele foi o responsável por tornar o concerto ainda mais interessante e interativo.

Após apresentar a Orquestra às crianças, convidou algumas para subir ao palco e participar da brincadeira. Logo depois os sons dos instrumentos de cordas, sopro e percussão tomaram conta do espaço. Os olhares atentos mostravam o encanto de todos.

Ao término de cada música, a maestrina Natália Larangeira, que regeu toda apresentação, fez breve explicação, de forma didática, sobre as técnicas musicais de andamento, melodia, harmonia e ritmo, além de apresentar e explicar a função dos instrumentos utilizados na apresentação. Enquanto as canções eram executadas, Tom Bento dançava e as crianças, entusiasmadas, o acompanhavam. Foi assim o tempo inteiro e, para fechar o concerto, a Ossa interpretou música que representa os ritmos dançantes típicos brasileiros.

Os aplausos, cada vez mais altos, mostraram a satisfação de todos que estavam ali. “Gostei muito do espetáculo. Ouvir as músicas fez bem aos meus ouvidos e gostaria de voltar muito mais vezes ao teatro”, afirma Pedro Henrique, 11 anos, aluno da Aris (Associação Ribeiraopirense para a Integração Social). Outra aluna, Letícia de Lima, 10, resumiu bem o que viu e ouviu: “O movimentar da batuta é bem legal. Tudo foi interessante, porque nunca tinha vivido nada parecido.” 




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