O atacante Aloísio corre o risco de pegar de dois a quatro jogos de suspensão pela expulsão na partida contra o Náutico, na derrota do São Paulo por 1 a 0, no último domingo, no estádio dos Aflitos, em Recife, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O árbitro amazonense Washington José Alves de Souza alegou na súmula que o jogador são-paulino xingou a sua mãe. Por ofensa, ele recebeu o cartão vermelho.

Aloísio e todos os jogadores do São Paulo ficaram indignados no momento da expulsão. Ao deixar o campo, bravo com a atitude do árbitro, o jogador soltou um palavrão. “Pedi apenas para o árbitro apitar correto essa p....”, disse o atacante.

Na súmula entregue na última segunda-feira, na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ele alega a seguinte frase dita por Aloísio. “Apita direito o jogo, seu filho da p...”, consta na súmula.

Aloísio cumprirá suspensão automática no clássico contra o Palmeiras, domingo, às 16h, no Morumbi.

Na contramão do momento está outro atacante, Dagoberto. Ele vai disputar o primeiro clássico paulista com a camisa do São Paulo. E precisa mostrar serviço diante da sua torcida para evitar que a sua equipe entre em crise.

“Espero uma evolução do São Paulo a cada jogo. Aos poucos estamos buscando um entrosamento melhor. E dentro de casa não podemos perder pontos”, afirma Dagoberto.

A parceria com Borges deixou a desejar no primeiro tempo diante do Náutico. Já com o amigo Aloísio, que entrou no segundo tempo e rapidamente foi expulso, não houve tempo para fazer ajustes.

“Na vida não acontecem apenas maravilhas. Temos altos e baixos, como aconteceu na eliminação para o Grêmio na Libertadores. Mas temos uma equipe qualificada e totais condições de conquistar o título brasileiro”, aposta o jogador.

E Borges pode ser a opção. Mas o atacante ainda não conseguiu mostrar serviço, apesar da fama de matador. Apesar dos altos e baixos, Borges tem quatro gols na temporada, ao lado de Leandro e Aloísio, que também atuam no ataque tricolor.

O técnico Muricy Ramalho não garantiu a dupla que vai encarar o Palmeiras. “Em um ou dois jogos, não consigo decidir quem pode ou não ser titular. É preciso dar mais tempo ao time que atuou diante do Goiás e Náutico. O problema é que precisamos vencer e nem sempre temos o tempo necessário para dar novas oportunidades. Dependemos de vitórias e precisamos jogar bem para todo mundo ter mais paciência”, analisa.

Se a vaga parece ser de Borges, Marcel promete entrar firme na briga para confundir a cabeça do treinador, que só volta a falar com a imprensa na sexta-feira.