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Estado liga o sinal de alerta contra incêndio

Período do inverno é mais preocupante por causa do tempo seco e concentra maioria dos casos

Por Juliana Stern
Especial para o Diário
08/06/2018 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 A Secretaria do Estado do Meio Ambiente lançou, ontem, a Operação Corta Fogo 2018 para conscientizar a população e prevenir a incidência de incêndios na vegetação às margens de rodovias, parques e áreas de proteção ambiental. O tempo seco dos meses de inverno facilita a propagação do fogo e, não por acaso, o período de julho a setembro concentra mais da metade das ocorrências anuais.

O último balanço da operação revelou aumento de 62% no número de focos de incêndio na Região Metropolitana de São Paulo: foram 233 casos no ano passado, contra 144 em 2016.

Três das sete cidades da região registraram 70 ocorrências de incêndio no ano passado. Ribeirão Pires contabilizou 52 casos, São Caetano, 13 focos, e São Bernardo, cinco, provocados por queima de resíduos a céu aberto. Já Santo André informou que não teve chamados relativos a queimadas nas áreas analisadas pela Operação Corta Fogo nos últimos dois anos.

Segundo o professor de Gestão Ambiental da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rogério Machado, apesar da possibilidade de os incêndios iniciarem de maneira natural, devido ao tempo seco, a maioria dos casos acontece devido ao descarte irregular de bitucas de cigarro nas rodovias e queimadas usadas por agricultores, que saem do controle principalmente por causa do vento. “É necessário um trabalho de conscientização para as pessoas perceberem o risco de jogar cigarros ainda acesos no mato. Em relação aos agricultores, eles precisam ter mais certeza de que conseguem controlar o fogo”, afirma.

Ainda de acordo com o professor, o impacto ambiental das queimadas é preocupante. “A flora é completamente perdida, incendiada, além de acabar com o ciclo natural daquele ecossistema, matando diversas espécies e afastando outras para fora de seu habitat”. Além de prejudicar a saúde de quem mora ou passa próximo aos focos de incêndio. “A fuligem e os gases liberados na atmosfera podem causar problemas respiratórios severos”, diz o professor.

Segundo levantamento da Secretaria do Meio Ambiente, 3.813 hectares de mata em unidades de proteção foram atingidos por queimadas, aumento de 40,5% em relação a 2016.

 




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